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CVM absolve informação privilegiada sobre Panamericano

Funcionário que era acusado de usar informações privilegiadas em negociações de ações do Panamericano na ocasião de venda de participação do banco para a Caixa Econômica

Banco PanAmericano
DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2012 às 18h00.

Rio de Janeiro - A Comissão de Valores Mobiliários ( CVM ) absolveu nesta terça-feira Frank Sadayoshi Yamamoto, que era acusado de usar informações privilegiadas em negociações de ações do Panamericano na ocasião de venda de participação do banco para a Caixa Econômica Federal, anunciada em dezembro de 2009.

Yamamoto foi funcionário do Panamericano e posteriormente trabalhou em empresas de correspondente bancário que tinham relações com o Panamericano e a Caixa.

A maior parte dos negócios foi feita em nome da esposa dele, Eliane Thiemi Taira. Segundo a acusação, a mulher teria sido a pessoa física que mais obteve lucro com as ações do Panamericano em 2009.

Yamamoto, que também negociou ações em seu nome, com lucro de 178,8 mil reais, era o réu no caso por ter sido considerado quem comandou as operações.

Ele teria comprado 309 mil ações em nome da esposa entre maio e agosto de 2009, com lucro de 1,5 milhão de reais com a venda dos papéis até maio do ano seguinte.


O julgamento na CVM estava inicialmente marcado para dezembro do ano passado, mas foi suspenso após a então presidente da autarquia Maria Helena Santana pedir vista do processo.

Para o diretor da CVM Roberto Tadeu, relator do processo, o investidor realizou compra e venda dos papéis meses antes do início das negociações entre o Panamericano e a Caixa, além de ter mantido ações em carteira meses após o anúncio.

O relator também concordou com o argumento da defesa, de que Yamamoto teria aceitado a sugestão de especialistas e de reportagens da mídia que indicavam que ações de bancos de médio porte eram uma boa opção de investimento.

"Este cenário não me convence da possibilidade de acesso à informação (privilegiada)", disse Tadeu ao votar pela absolvição.

Os outros diretores Luciana Dias, Ana Noves e Otário Yazbek, este último que atua como presidente interino da autarquia, acompanharam o voto do relator.

Na semana passada, o Ministério Público Federal denunciou 14 ex-diretores e três ex-funcionários do Panamericano por crimes contra o sistema financeiro.

Na lista de acusados estão o ex-presidente do Conselho de Administração do banco, Luiz Sebastião Sandoval, e o ex-diretor superintendente, Rafael Palladino, acusados de fraudar a contabilidade do banco de 2007 a 2010, melhorando o resultado dos balanços em pelo menos 3,8 bilhões em reais.

A ação não trata da possível fraude na venda de parte do Panamericano para a Caixa Econômica Federal, operação que está sendo investigada pelo Ministério Público do Distrito Federal.

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Rio de Janeiro - A Comissão de Valores Mobiliários ( CVM ) absolveu nesta terça-feira Frank Sadayoshi Yamamoto, que era acusado de usar informações privilegiadas em negociações de ações do Panamericano na ocasião de venda de participação do banco para a Caixa Econômica Federal, anunciada em dezembro de 2009.

Yamamoto foi funcionário do Panamericano e posteriormente trabalhou em empresas de correspondente bancário que tinham relações com o Panamericano e a Caixa.

A maior parte dos negócios foi feita em nome da esposa dele, Eliane Thiemi Taira. Segundo a acusação, a mulher teria sido a pessoa física que mais obteve lucro com as ações do Panamericano em 2009.

Yamamoto, que também negociou ações em seu nome, com lucro de 178,8 mil reais, era o réu no caso por ter sido considerado quem comandou as operações.

Ele teria comprado 309 mil ações em nome da esposa entre maio e agosto de 2009, com lucro de 1,5 milhão de reais com a venda dos papéis até maio do ano seguinte.


O julgamento na CVM estava inicialmente marcado para dezembro do ano passado, mas foi suspenso após a então presidente da autarquia Maria Helena Santana pedir vista do processo.

Para o diretor da CVM Roberto Tadeu, relator do processo, o investidor realizou compra e venda dos papéis meses antes do início das negociações entre o Panamericano e a Caixa, além de ter mantido ações em carteira meses após o anúncio.

O relator também concordou com o argumento da defesa, de que Yamamoto teria aceitado a sugestão de especialistas e de reportagens da mídia que indicavam que ações de bancos de médio porte eram uma boa opção de investimento.

"Este cenário não me convence da possibilidade de acesso à informação (privilegiada)", disse Tadeu ao votar pela absolvição.

Os outros diretores Luciana Dias, Ana Noves e Otário Yazbek, este último que atua como presidente interino da autarquia, acompanharam o voto do relator.

Na semana passada, o Ministério Público Federal denunciou 14 ex-diretores e três ex-funcionários do Panamericano por crimes contra o sistema financeiro.

Na lista de acusados estão o ex-presidente do Conselho de Administração do banco, Luiz Sebastião Sandoval, e o ex-diretor superintendente, Rafael Palladino, acusados de fraudar a contabilidade do banco de 2007 a 2010, melhorando o resultado dos balanços em pelo menos 3,8 bilhões em reais.

A ação não trata da possível fraude na venda de parte do Panamericano para a Caixa Econômica Federal, operação que está sendo investigada pelo Ministério Público do Distrito Federal.

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