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CVM abre processo de análise de informações da LLX

Processo deve analisar seguidas altas da companhia na bolsa antes do anúncio da venda do controle para grupo EIG

LLX e o Superporto do Açu: boatos de venda se com o anúncio do acordo de transferência do controle da companhia ao fundo de investimento americano EIG (Divulgação/LLX)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 20h15.

Rio - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu na sexta-feira, 16, um novo processo de análise de informações da LLX , braço de logística do Grupo EBX. Naquele dia, as ações da companhia abriram o pregão em forte alta pelo quinto dia consecutivo. Os papéis da LLX eram inflados com rumores sobre a venda do controle da companhia pelo empresário Eike Batista. A primeira notícia que circulou foi de que o fundo soberano de Abu Dhabi, o Mubadala Development Company, negociaria a compra de alguns dos ativos do Grupo EBX - rumor agora desviado para a mineradora MMX.

Os boatos de venda da LLX se confirmaram no dia 14, com o anúncio do acordo de transferência do controle da companhia ao fundo de investimento americano EIG, por meio de um aumento de capital de US$ 1,3 bilhão. Nos dias que antecederam o anúncio, entretanto, as ações da LLX não pararam de subir: a alta foi de 7,84% no dia 12 e de 17,27% no dia 13.

O comunicado foi divulgado apenas no fim do dia 14, mas as ações ordinárias tiveram valorização desde a manhã e acumularam alta de 17% no encerramento do pregão. Em agosto, os papéis LLXL3 acumulam valorização de 67,71%. A venda da LLX para a EIG foi comentada pouco antes do anúncio oficial pela página no Twitter BovespaBrokers, o que reforça as suspeitas de que pode ter havido negociações com uso de informação privilegiada. A CVM, provavelmente, analisa essa movimentação, embora o processo mencione apenas "análise de informações eventuais de companhia" no tópico assunto.

O processo relativo à LLX foi aberto pela Superintendência de Empresas (SEP) da CVM e está com a Gerência de Acompanhamento de Empresas-4. A "rádio corredor" sobre as empresas X continua ativa esta semana, com a expectativa da negociação da MMX pelo Mubadala, a MRS Logística e outros players. Nesta quarta-feira, 21, entretanto, o papel da MMX teve alta mais modesta, de apenas 1,32%, depois de declarações do presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmando que a mineradora não negocia a companhia. Em agosto, a alta chega a 39,39%.

Também nesta quarta-feira, a CCX Carvão da Colômbia enviou resposta à BM&FBovespa e à CVM afirmando que, "até o presente momento, não tem ciência de atos ou fatos relevantes que possam justificar a movimentação atípica (volume e preço) das ações ordinárias de emissão da companhia nos pregões da BM&FBovespa de 08 a 21 de agosto de 2013". As notícias de que a empresa de carvão da EBX estaria prestes a anunciar a venda de duas minas a céu aberto (Cañaverales e Papayal) levaram o papel a fechar o pregão desta quarta com alta de 25% (R$ 1,60), acumulando subida de 64,29% em agosto.

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Rio - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu na sexta-feira, 16, um novo processo de análise de informações da LLX , braço de logística do Grupo EBX. Naquele dia, as ações da companhia abriram o pregão em forte alta pelo quinto dia consecutivo. Os papéis da LLX eram inflados com rumores sobre a venda do controle da companhia pelo empresário Eike Batista. A primeira notícia que circulou foi de que o fundo soberano de Abu Dhabi, o Mubadala Development Company, negociaria a compra de alguns dos ativos do Grupo EBX - rumor agora desviado para a mineradora MMX.

Os boatos de venda da LLX se confirmaram no dia 14, com o anúncio do acordo de transferência do controle da companhia ao fundo de investimento americano EIG, por meio de um aumento de capital de US$ 1,3 bilhão. Nos dias que antecederam o anúncio, entretanto, as ações da LLX não pararam de subir: a alta foi de 7,84% no dia 12 e de 17,27% no dia 13.

O comunicado foi divulgado apenas no fim do dia 14, mas as ações ordinárias tiveram valorização desde a manhã e acumularam alta de 17% no encerramento do pregão. Em agosto, os papéis LLXL3 acumulam valorização de 67,71%. A venda da LLX para a EIG foi comentada pouco antes do anúncio oficial pela página no Twitter BovespaBrokers, o que reforça as suspeitas de que pode ter havido negociações com uso de informação privilegiada. A CVM, provavelmente, analisa essa movimentação, embora o processo mencione apenas "análise de informações eventuais de companhia" no tópico assunto.

O processo relativo à LLX foi aberto pela Superintendência de Empresas (SEP) da CVM e está com a Gerência de Acompanhamento de Empresas-4. A "rádio corredor" sobre as empresas X continua ativa esta semana, com a expectativa da negociação da MMX pelo Mubadala, a MRS Logística e outros players. Nesta quarta-feira, 21, entretanto, o papel da MMX teve alta mais modesta, de apenas 1,32%, depois de declarações do presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmando que a mineradora não negocia a companhia. Em agosto, a alta chega a 39,39%.

Também nesta quarta-feira, a CCX Carvão da Colômbia enviou resposta à BM&FBovespa e à CVM afirmando que, "até o presente momento, não tem ciência de atos ou fatos relevantes que possam justificar a movimentação atípica (volume e preço) das ações ordinárias de emissão da companhia nos pregões da BM&FBovespa de 08 a 21 de agosto de 2013". As notícias de que a empresa de carvão da EBX estaria prestes a anunciar a venda de duas minas a céu aberto (Cañaverales e Papayal) levaram o papel a fechar o pregão desta quarta com alta de 25% (R$ 1,60), acumulando subida de 64,29% em agosto.

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