O balanço de 2016 que a maior operadora de turismo do país, CVC, apresenta nesta quarta-feira deve confirmar que, apesar da crise, os brasileiros continuam descendo o Pelourinho, em Salvador, e lotando South Beach, em Miami. A prévia de resultados já divulgada revela que a empresa vendeu 1,5 bilhão de reais nas chamadas reservas confirmadas (vendas efetuadas) nos últimos três meses do ano. O valor representa uma alta de 13,4% em relação ao mesmo período de 2015.

Com esse desempenho, as reservas vendidas em 2016 totalizaram 5,5 bilhões de reais – 6,5% a mais que 2015. O crescimento mal supera a inflação, mas, diante de uma crise que deixou 12,3 milhões de brasileiros desempregados, o resultado é visto por investidores como positivo. Para crescer ao longo de 2016, a CVC focou em pacotes de viagens nacionais e congelou sua taxa cambial durante períodos de maior volatilidade para quem ainda queria optar por viagens internacionais.

Investidores estão confiantes que 2017 tende a ser ainda melhor. Prova disso é que a companhia atualmente tem um valor de mercado de mais de 3,6 bilhões de reais – o maior patamar desde o início das negociações de suas ações na bolsa, em 2013. Além da confiança na estratégia da empresa, para o mercado a retomada da economia e o câmbio mais baixo deve ajudar a vender ainda mais pacotes em 2017.

Os resultados da CVC também mostram que, apesar do avanço dos aplicativos de vendas de passagens, pacotes e hospedagem, a boa e velha agência de viagens continua a cumprir um papel importante para uma enorme parcela dos viajantes. A CVC, e seus investidores, agradecem.