Criação da 2ª maior bolsa da Europa é colocada em xeque
União entre a unidade europeia da BATS e a Chi-X Europe será analisada de forma minuciosa pelo órgão antitruste do Reino Unido
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2011 às 18h43.
São Paulo – O órgão antitruste do Reino Unido (Office of Fair Trading, em inglês) anunciou nesta segunda-feira (20) que irá analisar de forma minuciosa a proposta de fusão entre a BATS Global Markets, operadora da terceira maior bolsa dos Estados Unidos, e a Chi-X Europe, anunciada em fevereiro deste ano.
A notícia gera incertezas sobre a aprovação do acordo que prevê a criação da segunda maior bolsa de valores da Europa, atrás apenas da London Stock Exchange (LSE, a Bolsa de Valores de Londres), informa reportagem do jornal britânico Financial Times.
A BATS, que demonstrou neste ano o interesse de acabar com o monopólio da BM&FBovespa no Brasil, planeja implementar na Europa a maior plataforma de negociação de ações por volume já vista em todo o continente por meio da compra da Chi-X.
A decisão do órgão britânico de levar a proposta de fusão à Comissão de Concorrência - conhecida por realizar estudos minuciosos sobre acordos de fusões e aquisições e que, em determinados casos, são aprovados apenas no longo prazo – ocorre algumas semanas após as autoridades antitruste dos Estados Unidos bloquearem a proposta da Nasdaq OMX e IntercontinentalExchange (ICE) para adquirir a rival NYSE Euronext.
Segundo o jornal britânico, este é um sinal de que as autoridades antitrustes dos Estados Unidos e da Europa estão “estendendo os músculos” para evitar que a concorrência leal seja prejudicada em ambos os mercados, especialmente diante da onda de fusão que tem atingido as principais bolsas de valores ao redor do mundo.
Defesa
“Nós apreciamos o processo regulatório no sentido de proteger a concorrência e estávamos cientes de que o encaminhamento da proposta de fusão para a Comissão de Concorrência era uma possibilidade. Estamos discutindo este fato com nossos acionistas e as autoridades relevantes e seguimos otimistas no objetivo de completar o acordo”, afirmou Joe Ratterman, presidente e chefe-executivo da BATS, em comunicado enviado ao mercado hoje.
Em fevereiro deste ano, Ratterman anunciou que sua expectativa era de que a aquisição fosse concluída até o segundo trimestre deste ano. No entanto, segundo o Financial Times, a autoridade antitruste do Reino Unido somente deve estabelecer uma decisão final sobre a compra da Chi-X Europe pela BATS em dezembro de 2011.
“Nós não podemos descartar a possibilidade de que essa mudança estrutural no mercado leve a uma redução substancial da concorrência”, defendeu o órgão antitruste do Reino Unido em comunicado obtido pelo Financial Times.
“Apesar de estarmos desapontados com a decisão das autoridades antitruste, vamos nos empenhar junto ao nosso conselho e aos nossos acionistas para determinar os próximos passos. A Chi-X Europe irá trabalhar com a Comissão de Concorrência para resolver quaisquer questões ou preocupações que possa ter sobre o acordo proposto”, disse Alasdair Haynes, CEO da Chi-X Europe, também em nota.
Embora os termos financeiros da união entre BATS e Chi-X não tenham sido revelados, é de conhecimento público que, no 4º trimestre de 2010, a Chi-X Europe foi responsável pela negociação de 368 bilhões de euros, tornando-se a segunda maior bolsa de valores da Europa. Já a unidade da BATS na Europa negociou 140,3 bilhões de euros.
São Paulo – O órgão antitruste do Reino Unido (Office of Fair Trading, em inglês) anunciou nesta segunda-feira (20) que irá analisar de forma minuciosa a proposta de fusão entre a BATS Global Markets, operadora da terceira maior bolsa dos Estados Unidos, e a Chi-X Europe, anunciada em fevereiro deste ano.
A notícia gera incertezas sobre a aprovação do acordo que prevê a criação da segunda maior bolsa de valores da Europa, atrás apenas da London Stock Exchange (LSE, a Bolsa de Valores de Londres), informa reportagem do jornal britânico Financial Times.
A BATS, que demonstrou neste ano o interesse de acabar com o monopólio da BM&FBovespa no Brasil, planeja implementar na Europa a maior plataforma de negociação de ações por volume já vista em todo o continente por meio da compra da Chi-X.
A decisão do órgão britânico de levar a proposta de fusão à Comissão de Concorrência - conhecida por realizar estudos minuciosos sobre acordos de fusões e aquisições e que, em determinados casos, são aprovados apenas no longo prazo – ocorre algumas semanas após as autoridades antitruste dos Estados Unidos bloquearem a proposta da Nasdaq OMX e IntercontinentalExchange (ICE) para adquirir a rival NYSE Euronext.
Segundo o jornal britânico, este é um sinal de que as autoridades antitrustes dos Estados Unidos e da Europa estão “estendendo os músculos” para evitar que a concorrência leal seja prejudicada em ambos os mercados, especialmente diante da onda de fusão que tem atingido as principais bolsas de valores ao redor do mundo.
Defesa
“Nós apreciamos o processo regulatório no sentido de proteger a concorrência e estávamos cientes de que o encaminhamento da proposta de fusão para a Comissão de Concorrência era uma possibilidade. Estamos discutindo este fato com nossos acionistas e as autoridades relevantes e seguimos otimistas no objetivo de completar o acordo”, afirmou Joe Ratterman, presidente e chefe-executivo da BATS, em comunicado enviado ao mercado hoje.
Em fevereiro deste ano, Ratterman anunciou que sua expectativa era de que a aquisição fosse concluída até o segundo trimestre deste ano. No entanto, segundo o Financial Times, a autoridade antitruste do Reino Unido somente deve estabelecer uma decisão final sobre a compra da Chi-X Europe pela BATS em dezembro de 2011.
“Nós não podemos descartar a possibilidade de que essa mudança estrutural no mercado leve a uma redução substancial da concorrência”, defendeu o órgão antitruste do Reino Unido em comunicado obtido pelo Financial Times.
“Apesar de estarmos desapontados com a decisão das autoridades antitruste, vamos nos empenhar junto ao nosso conselho e aos nossos acionistas para determinar os próximos passos. A Chi-X Europe irá trabalhar com a Comissão de Concorrência para resolver quaisquer questões ou preocupações que possa ter sobre o acordo proposto”, disse Alasdair Haynes, CEO da Chi-X Europe, também em nota.
Embora os termos financeiros da união entre BATS e Chi-X não tenham sido revelados, é de conhecimento público que, no 4º trimestre de 2010, a Chi-X Europe foi responsável pela negociação de 368 bilhões de euros, tornando-se a segunda maior bolsa de valores da Europa. Já a unidade da BATS na Europa negociou 140,3 bilhões de euros.