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Cosan deve propor troca de ações à ALL

As duas empresas deverão se reunir no início desta semana para começar a discutir oficialmente a união entre elas

Cosan no Porto de Santos: nessa nova tratativa, o grupo não estaria mais disposto a desembolsar dinheiro, por isso a troca de ações surge como alternativa (Andrew Harrer/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 09h02.

São Paulo - A Cosan e ALL deverão se reunir no início desta semana para começar a discutir oficialmente a união entre as duas empresas.

A proposta para obter o controle da companhia ferroviária deverá ser apresentada pelo grupo fundado pelo empresário Rubens Ometto Silveira Mello e deverá envolver troca de ações, segundo fontes ouvidas pela reportagem.

A nova proposta da Cosan deverá ser diferente da apresentada em 2012, em uma rodada de negociações que não avançou, apurou a reportagem.

No acordo proposto em fevereiro de 2012, a Cosan fez uma oferta de R$ 896,5 milhões para a compra de 49,1% das ações representativas do controle da companhia, o correspondente a 5,6% do capital total da empresa. O prêmio era de R$ 23 por ação.

Nessa nova tratativa, o grupo não estaria mais disposto a desembolsar dinheiro, segundo fontes ouvidas pela reportagem. A troca de ações é a alternativa que deverá ser apresentada pela Cosan.

Na proposta que está em discussão neste momento, os fundos de pensão que têm participação na ALL - Previ (Fundo de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), Funcef (da Caixa Econômica Federal) e o braço de participação do BNDES (BNDESPar) - deverão acompanhar o grupo Cosan em um aumento de capital na companhia. Procurada, a Cosan não comentou o assunto.


As negociações entre as duas empresas ainda estão bem no início e foram retomadas com o apoio do governo federal. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que também é sócio da ALL, está conduzindo as conversas entre os dirigentes dos dois grupos.

Na atual composição acionária da ALL, o BNDESPar tem 12,1% de participação do grupo. O Previ tem 3,95%; Funcef outros 4,13%; o BRZ 4,79%;Wilson de Lara, por meio da GMI (Global Market Investments) mais 4,94%; Riccardo Arduini e sua esposa Julia Arduini somam 6,39%. O restante das ações é negociado no mercado.

As negociações para a entrada da Cosan no bloco de controle da ALL foram interrompidas em agosto passado, um ano e meio após o grupo de Ometto ter feito uma oferta para entrar no bloco de controle da companhia.

Originalmente, a proposta foi para a compra de ações dos acionistas Riccardo e Julia Arduini e da GMI. No entanto, os outros acionistas que também são do bloco de controle queriam um rearranjo no qual a oferta da Cosan teria de ser distribuída para todos.

Esse acerto começou a ser discutido. Houve um rearranjo, no qual os vendedores iniciais (família Arduini e De Lara) concordaram em abrir mão de parte de suas fatias em favor dos fundos. Mesmo assim, as conversas não foram adiante.

Disputa

Meses depois, a Rumo, braço logístico da Cosan, e a ALL se envolveram em uma briga judicial para discutir um contrato bilionário de escoamento de açúcar. A questão ainda está pendente.

Agora, as duas companhias retomaram as negociações para união entre as empresas e estão dispostas a fazer um acordo. As primeiras reuniões estão sendo agendadas e está prevista para terça-feira uma nova rodada de conversas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - A Cosan e ALL deverão se reunir no início desta semana para começar a discutir oficialmente a união entre as duas empresas.

A proposta para obter o controle da companhia ferroviária deverá ser apresentada pelo grupo fundado pelo empresário Rubens Ometto Silveira Mello e deverá envolver troca de ações, segundo fontes ouvidas pela reportagem.

A nova proposta da Cosan deverá ser diferente da apresentada em 2012, em uma rodada de negociações que não avançou, apurou a reportagem.

No acordo proposto em fevereiro de 2012, a Cosan fez uma oferta de R$ 896,5 milhões para a compra de 49,1% das ações representativas do controle da companhia, o correspondente a 5,6% do capital total da empresa. O prêmio era de R$ 23 por ação.

Nessa nova tratativa, o grupo não estaria mais disposto a desembolsar dinheiro, segundo fontes ouvidas pela reportagem. A troca de ações é a alternativa que deverá ser apresentada pela Cosan.

Na proposta que está em discussão neste momento, os fundos de pensão que têm participação na ALL - Previ (Fundo de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), Funcef (da Caixa Econômica Federal) e o braço de participação do BNDES (BNDESPar) - deverão acompanhar o grupo Cosan em um aumento de capital na companhia. Procurada, a Cosan não comentou o assunto.


As negociações entre as duas empresas ainda estão bem no início e foram retomadas com o apoio do governo federal. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que também é sócio da ALL, está conduzindo as conversas entre os dirigentes dos dois grupos.

Na atual composição acionária da ALL, o BNDESPar tem 12,1% de participação do grupo. O Previ tem 3,95%; Funcef outros 4,13%; o BRZ 4,79%;Wilson de Lara, por meio da GMI (Global Market Investments) mais 4,94%; Riccardo Arduini e sua esposa Julia Arduini somam 6,39%. O restante das ações é negociado no mercado.

As negociações para a entrada da Cosan no bloco de controle da ALL foram interrompidas em agosto passado, um ano e meio após o grupo de Ometto ter feito uma oferta para entrar no bloco de controle da companhia.

Originalmente, a proposta foi para a compra de ações dos acionistas Riccardo e Julia Arduini e da GMI. No entanto, os outros acionistas que também são do bloco de controle queriam um rearranjo no qual a oferta da Cosan teria de ser distribuída para todos.

Esse acerto começou a ser discutido. Houve um rearranjo, no qual os vendedores iniciais (família Arduini e De Lara) concordaram em abrir mão de parte de suas fatias em favor dos fundos. Mesmo assim, as conversas não foram adiante.

Disputa

Meses depois, a Rumo, braço logístico da Cosan, e a ALL se envolveram em uma briga judicial para discutir um contrato bilionário de escoamento de açúcar. A questão ainda está pendente.

Agora, as duas companhias retomaram as negociações para união entre as empresas e estão dispostas a fazer um acordo. As primeiras reuniões estão sendo agendadas e está prevista para terça-feira uma nova rodada de conversas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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