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Copel vai rever política de dividendos, diz diretor

Diretor disse ainda que a empresa também avaliará o nível de alavancagem e que a companhia continuará buscando novos investimentos, para gerar novas receitas


	Copel: empresa aceitou renovar concessões de transmissão de energia, mas recusou a renovação de hidrelétricas. 
 (NANI GOIS)

Copel: empresa aceitou renovar concessões de transmissão de energia, mas recusou a renovação de hidrelétricas.  (NANI GOIS)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 19h02.

São Paulo - A Copel, empresa de energia paranaense, irá rever a sua política de dividendos com intenção de melhorar a distribuição, segundo afirmou o diretor financeiro da empresa, Luiz Eduardo Sebastiani, nesta quarta-feira, em teleconferência.

"Está na nossa pauta a revisão da política de dividendos...uma política mais firme de distribuição de dividendos", disse Sebastiani, sem dar mais detalhes.

O diretor disse ainda que a empresa também avaliará o nível de alavancagem e acrescentou que a companhia continuará buscando novos investimentos, para gerar novas receitas.

O executivo mencionou que é necessário um programa para otimizar os custos da empresa, ao mencionar o atual cenário do setor, como a renovação das concessões que resultou em menor receita para algumas companhias. A Copel aceitou renovar concessões de transmissão de energia, mas recusou a renovação de hidrelétricas.

Como parte da redução de custos, a Copel espera reduzir os gastos de folha de pagamento em pelo menos 10 % a partir de 2014, na comparação com 2012, como resultado do Plano de Sucessão e Desligamento Voluntário, que já está em andamento.

O presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, disse ainda que 2012 foi um ano de ajustes, mas que 2013 será melhor para os negócios. A Copel fechou 2012 com lucro líquido de 726,5 milhões de reais, queda de 38,3 % ante o fechado do ano anterior.

No primeiro trimestre de 2013, segundo Zimmer, já será possível perceber efeitos positivos da comercialização de energia realizada em janeiro no resultado da empresa.

A Copel negociou todas as sobras de geração de energia que tinha para o ano --8,5 % da energia assegurada-- em janeiro, para tirar proveito do preço alto no período.

"Em 2013 estamos completamente contratados", disse o presidente.

Zimmer disse ainda que espera que a termelétrica Araucária opere durante todo o ano de 2013, diante da situação de recuperação dos reservatórios das hidrelétricas.

CRC O diretor financeiro da Copel informou que a empresa tem saldo de 1,34 bilhão de reais com o governo do Estado do Paraná, referente à Conta de Resultados a Compensar (CRC).

A liquidação antecipada da CRC ainda está sendo negociada com o governo paranaense, informou ele.

A CRC foi um mecanismo criado pelo governo federal para compensar insuficiências tarifárias das empresas de energia. Isso ocorria em um período em que as tarifas não sofriam os ajustes da maneira como acontece atualmente e eram usadas como instrumentos de controle da inflação pelo governo. Para garantir uma remuneração mínima para as empresas, o governo gerava créditos na CRC.

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