Mercados

Como deve se comportar a Bolsa no 2º turno das eleições

O mercado já precificou as ações nas últimas semanas, considerando a possível vitória de Dilma Rousseff; veja o que pode vir pela frente


	Analistas divergem sobre a expectativa do Ibovespa
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Analistas divergem sobre a expectativa do Ibovespa (REUTERS/Brendan McDermid)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 5 de outubro de 2014 às 10h12.

São Paulo - Se a Bolsa oscilou e muito durante o primeiro turno das eleições, o cenário deve ser um pouco diferente no segundo turno.

Segundo o estrategista da AZ FuturaInvest, Adriano Moreno, a Bolsa deve oscilar bem menos nos próximos 20 dias.

“Apesar de ter um segundo turno, o mercado já avaliou a continuação da gestão do governo Dilma. Eu não enxergo um rali adicional pela frente.”

Moreno explica que o mercado já fez a precificação nas últimas duas semanas, considerando que a presidente Dilma Rousseff seja reeleita.

“Já houve a queda forte. Podemos dizer que 70% das eleições já estão nos preços dos ativos.”

E se a Dilma realmente ganhar?

No caso da reeleição de Dilma Rousseff, Moreno acredita que a Bolsa possa chegar aos 50 mil pontos. Na sexta-feira passada, o Ibovespa fechou em 54.539 pontos.

“O governo deve fazer alguma mudança. É possível que o governo escolha um ministro da Fazenda que inspire confiança ao mercado.”

Mas nem todos estão otimistas. Um levantamento realizado pela XP Investimentos aponta que em caso da vitória de Dilma o Ibovespa deve ficar em torno de 44.800.

Entre os setores que devem ter as piores performances estão Petróleo e Gás, Financeiro e Elétrico. Em contrapartida, os que devem apresentar as melhores performances estão Educação, Papel e Celulose e Frigoríficos.

A pesquisa indicou ainda que, caso a candidata Marina Silva ganhe as eleições, o Ibovespa deve subir para 63 mil pontos, o que seria uma alta de 16% em relação ao atual patamar.

Já para o analista e sócio da Empiricus Reserach, Felipe Miranda, com Marina ou Aécio, a Bolsa poderia disparar para até 80 mil pontos.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresDilma RousseffEleiçõesIbovespaMercado financeiroPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Mercados

Inflação nos EUA segue 'desconfortavelmente' alta, diz dirigente do Fed

“Vamos desalavancar a companhia”, diz Gustavo Couto, CEO do Grupo Vamos

“Bolha das ações de IA começou a estourar”, diz Gavekal; entenda o porquê

O que chamou atenção na divulgação de resultados da Petrobras, segundo o BTG Pactual

Mais na Exame