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Com venda para Coty, Hypermarcas tem alta de 21%

O mercado gostou do anúncio. Tanto que os bancos BTG Pactual, Credit Suisse e Itaú melhoraram a recomendação para a ação da Hypermarcas

Hypermarcas: segundo o presidente da empresa, Claudio Bergamo, com a transação, a dívida líquida de R$ 3,3 bilhões será zerada e haverá uma reserva de caixa da ordem de R$ 500 milhões (Germano Luders)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2015 às 10h53.

São Paulo - Com o anúncio da venda da divisão de cosméticos para a Coty , a Hypermarcas viu suas ações se valorizarem 21,14% no pregão da terça-feira, 3, cotadas a R$ 21,20.

Segundo o presidente da empresa, Claudio Bergamo, com a transação, a dívida líquida de R$ 3,3 bilhões será zerada e haverá uma reserva de caixa da ordem de R$ 500 milhões.

O executivo disse ainda que não tem definições sobre o destino dessa reserva de caixa.

Ele reforçou que a prioridade no uso dos R$ 3,8 bilhões obtidos com a venda será a redução do endividamento, porém ainda deverá haver uma sobra de caixa cujo destino pode ser programas de recompra ou distribuição de dividendos, afirmou. Essa declaração foi considerada positiva por operadores.

O mercado gostou do anúncio. Tanto que os bancos BTG Pactual, Credit Suisse e Itaú melhoraram a recomendação para a ação da Hypermarcas.

Para a equipe de análise do Itaú BBA, a transação "combina um acréscimo de valor com a solução de problemas importantes", como a alta alavancagem, o fraco fluxo de caixa e a excessiva exposição à divisão de consumo.

Analistas do Deutsche Bank escreveram em relatório que a operação foi bem-vinda, uma vez que o valor do negócio deve levar a uma melhora dos ganhos da empresa, fortalecer o balanço e permitir que a gerência dê foco à divisão farmacêutica, que tem forte crescimento. A equipe de análise acredita que a empresa vai continuar tentando vender o negócio de fraldas.

Para o analista da Lerosa Investimentos, Vitor Suzaki, a Hypermarcas conseguiu um múltiplo alto pela venda. Além disso, o ativo vendido representava somente 20% da receita da empresa e demandava muito investimento, em propaganda e em capital de giro.

"Uma antiga demanda do mercado era a concentração no segmento somente de medicamentos, por ser mais resiliente e necessitar de menos capital intensivo. O foco também é importante porque, por meio da venda de ativos, a empresa obtém caixa líquido, que pode ser direcionado a investimentos maiores em medicamentos ou mesmo à distribuição maior de dividendos aos acionistas", acrescenta Suzaki.

O preço fechado no negócio foi considerado tão positivo que impulsionou as ações de sua concorrente, a Natura. O papel avançou 10,13% na terça-feira.

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Segundo o presidente da empresa, Claudio Bergamo, com a transação, a dívida líquida de R$ 3,3 bilhões será zerada e haverá uma reserva de caixa da ordem de R$ 500 milhões.

O executivo disse ainda que não tem definições sobre o destino dessa reserva de caixa.

Ele reforçou que a prioridade no uso dos R$ 3,8 bilhões obtidos com a venda será a redução do endividamento, porém ainda deverá haver uma sobra de caixa cujo destino pode ser programas de recompra ou distribuição de dividendos, afirmou. Essa declaração foi considerada positiva por operadores.

O mercado gostou do anúncio. Tanto que os bancos BTG Pactual, Credit Suisse e Itaú melhoraram a recomendação para a ação da Hypermarcas.

Para a equipe de análise do Itaú BBA, a transação "combina um acréscimo de valor com a solução de problemas importantes", como a alta alavancagem, o fraco fluxo de caixa e a excessiva exposição à divisão de consumo.

Analistas do Deutsche Bank escreveram em relatório que a operação foi bem-vinda, uma vez que o valor do negócio deve levar a uma melhora dos ganhos da empresa, fortalecer o balanço e permitir que a gerência dê foco à divisão farmacêutica, que tem forte crescimento. A equipe de análise acredita que a empresa vai continuar tentando vender o negócio de fraldas.

Para o analista da Lerosa Investimentos, Vitor Suzaki, a Hypermarcas conseguiu um múltiplo alto pela venda. Além disso, o ativo vendido representava somente 20% da receita da empresa e demandava muito investimento, em propaganda e em capital de giro.

"Uma antiga demanda do mercado era a concentração no segmento somente de medicamentos, por ser mais resiliente e necessitar de menos capital intensivo. O foco também é importante porque, por meio da venda de ativos, a empresa obtém caixa líquido, que pode ser direcionado a investimentos maiores em medicamentos ou mesmo à distribuição maior de dividendos aos acionistas", acrescenta Suzaki.

O preço fechado no negócio foi considerado tão positivo que impulsionou as ações de sua concorrente, a Natura. O papel avançou 10,13% na terça-feira.

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