Mercados

Com resgates suspensos, Bitcoin Banco tira do ar NegocieCoins e TemBTC

Empresa com sede em Curitiba alega que foi alvo de uma fraude que teria provocado prejuízos de R$ 50 milhões

Bitcoin Banco: suspensão visa implantar as medidas finais para a resolução “do fato que impactou as operações”. (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

Bitcoin Banco: suspensão visa implantar as medidas finais para a resolução “do fato que impactou as operações”. (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

TL

Tais Laporta

Publicado em 2 de setembro de 2019 às 12h12.

Última atualização em 2 de setembro de 2019 às 12h15.

O Grupo Bitcoin Banco (GBB), que enfrenta dificuldades em honrar pagamentos de operações feitas com moedas digitais por clientes em suas plataformas, informou a suspensão das atividades de suas duas plataformas de negociação por sete dias a partir deste domingo (1).

Segundo comunicado divulgado nas redes sociais, a suspensão é para implantar as medidas finais para a resolução “do fato que impactou as operações”.

“Comunicamos oficialmente que, a partir da meia-noite de domingo (01/09), as operações das plataformas das exchanges NegocieCoins e TemBTC serão suspensas temporariamente por 7 (sete) dias, com retorno programado para domingo (08/09), à meia-noite e um minuto”, diz a nota.

A empresa, que tem sede em Curitiba, alega que foi alvo de uma fraude que teria provocado prejuízos de R$ 50 milhões, com investidores duplicando saques e vendas de moedas. A empresa, que chegou a ser uma das maiores em volumes negociados de criptomoedas, apresentou queixa à polícia, que investiga o caso.

Ações na Justiça

O Grupo Bitcoin Banco, que apesar do nome não é uma instituição financeira e nem é autorizado pelo Banco Central, enfrenta diversas ações na Justiça pedindo a devolução do dinheiro pago pelos clientes na compra de moedas digitais. Desde julho, a Justiça vem bloqueando bens do grupo e do dono da empresa, Claudio Vieira, que tem cidadania suíça e teve de entregar o passaporte à Justiça.

Vieira chegou a ter bens pessoais, como eletrônicos e roupas de marca, apreendidos pela Justiça em agosto, mas fechou um acordo para não ter os artigos retirados de sua casa.

Segundo a empresa, o objetivo da paralisação das plataformas é a “parametrização e reformulação das exchanges, juntamente com a normalização dos pagamentos diários, a partir do processo de revalidação de cadastro dos clientes já ativos”.

“Mediante os acontecimentos recentes, realizamos uma auditoria com a Ernst & Young (EY) – uma das maiores e mais respeitadas empresas de auditoria e assessoria empresarial do mundo – que nos levou a implementar novas práticas e processos que irão intensificar, ainda mais, a segurança das nossas operações e oferecer uma plataforma mais profissional para a atividade dos traders”, diz a nota.

Segundo a empresa, durante este período, os escritórios em Curitiba e São Paulo estarão funcionando normalmente.

Essa notícia foi publicada originalmente no site Arena do Pavini

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedasCVM

Mais de Mercados

Hapvida (HAPV3) vai investir até R$ 600 milhões em novos hospitais em SP e RJ

"O mundo está passando por um processo grande de transformação", diz André Leite, CIO da TAG

Ibovespa fecha em leve alta de olho em relatório bimestral de despesas; dólar cai a R$ 5,57

Ações da Ryanair caem quase 15% após lucro da empresa desabar

Mais na Exame