Mercados

Com lucro recorde, Petrobras sustenta leve alta do Ibovespa

Bolsa subiu 0,54%, a 102.673,68 pontos nesta sexta-feira (2)

Petrobras:  (Paulo Whitaker/Reuters)

Petrobras: (Paulo Whitaker/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 2 de agosto de 2019 às 17h16.

Última atualização em 2 de agosto de 2019 às 17h53.

São Paulo — O Ibovespa encerrou o pregão em leve alta nesta sexta-feira, com papéis da Petrobras sustentando o viés positivo após a empresa divulgar lucro líquido recorde para o segundo trimestre.

Pesou sobre os negócios, porém, preocupações com o aumento das tensões entre Estados Unidos e China.

O Ibovespa subiu 0,54%, a 102.673,68 pontos. O volume financeiro somava 17,52  bilhões de reais. No acumulado da semana, o índice registrou um avanço de 0,14%.

A Petrobras teve lucro líquido recorde de 18,87 bilhões de reais no segundo trimestre, aumento de 87% ante o mesmo período do ano passado.

Para analistas do BTG Pactual a petrolífera continua a oferecer uma perspectiva de longo prazo atraente, conforme se concentra em desalavancagem e segmentos mais rentáveis.

O avanço do índice foi mitigado pelo clima ruim nos mercados internacionais diante da escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, após o presidente norte-americano, Donald Trump, prometer adotar tarifas de 10% sobre 300 bilhões de dólares em importações chinesas a partir do próximo mês.

Perto do final da sessão, Trump ainda escreveu em seu Twitter que a moeda chinesa "está indo para o inferno".

Em Wall Street, o S&P 500 cedeu 0,73%, com dados do mercado de trabalho norte-americano também corroborando para o cenário de desaceleração da maior economia do mundo.

Destaques

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiram 3,6% e 3%, após divulgar lucro líquido recorde de 18,87 bilhões de reais para o segundo trimestre, aumento de 87% ante o mesmo período do ano passado. A alta foi ajudada pela recuperação dos preços do petróleo após forte queda na véspera.

- CVC valorizou-se 1,95%, após a controlada Submarino Viagens fazer acordo para comprar a operadora de turismo argentina Almundo por 77 milhões de dólares.

- KROTON subiu 3,7%, tendo de pano de fundo afirmação de que contempla "potencialmente" operação de mercado de capitais envolvendo educação básica entre alternativas para maximizar valor a acionistas.

- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON subiram 2 por cento cada, repercutindo autorização do presidente Jair Bolsonaro para que sejam aprofundados estudos para a desestatização da companhia.

- BRADESCO PN subiu 0,3% e ITAÚ UNIBANCO PN teve ganho de 0,14%. BANCO DO BRASIL fechou praticamente estável e SANTANDER BRASIL UNIT cedeu 0,6%.

- CIELO perdeu 4,3%, anulando parte dos ganhos da disparada de mais de 15% no final do pregão de quinta-feira, depois de notícia de que o BB estuda vender sua participação na companhia. A Cielo disse que não tinha conhecimento sobre as informações.

- VALE caiu 1,2%, conforme os contratos futuros de minério de ferro negociados na China caíram mais de 4% nesta sexta-feira, depois que o Brasil anunciou uma recuperação nas exportações da matéria-prima siderúrgica em julho.

- GOL PN despencou 3%, devolvendo os ganhos da véspera, após divulgar forte crescimento de receita no segundo trimestre.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresIbovespaPetrobras

Mais de Mercados

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Ibovespa fecha perto da estabilidade após corte de gastos e apagão global

Mais na Exame