Com eleição definida, fundo Verde vê espaço para alta das bolsas continuar
Para gestora, queda de incerteza, com definição na eleição dos EUA, e sinalização de vacina devem dar espaço para mais altas do mercado
Paula Barra
Publicado em 9 de novembro de 2020 às 21h41.
Última atualização em 9 de novembro de 2020 às 21h48.
A eleição dos Estados Unidos parece ter se resolvido de maneira mais favorável para o preço dos ativos, com o democrata Joe Biden na presidência e o Senado possivelmente republicano, diz a equipe da Verde Asset, liderada por Luis Stuhlberger, em carta aos cotistas referente ao desempenho de outubro.
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Isso porque enquanto a vitória de Biden reduz a volatilidade inerente ao estilo de Donald Trump de governar, um Senado republicano (embora ainda pendente duas cadeiras representadas pelo estado da Georgia) mitiga temores de uma agenda governamental muito à esquerda, especialmente envolvendo aumento de impostos, diz a gestora.
Para a equipe da Verde, a queda da incerteza é a principal explicação para a alta dos mercados. “E vemos espaço para ela continuar, ainda mais combinado com a indicação construtiva da vacina”, comenta.
Segundo a gestora, a segunda onda de Covid-19 na Europa preocupa, mas já há sinais de desaceleração depois de medidas um pouco mais restritivas. “E mais ainda, estamos próximos da vacina”, diz, citando os resultados preliminares da candidata da Pfizer/BioNTech, que mostraram eficácia de 90%. “Um resultado acima das expectativas otimistas dos analistas”.
Do lado do Brasil, a Verde aponta na carta que a situação fiscal do país foi uma das preocupações do mercado em outubro e assim segue. “Os ativos brasileiros continuam a incorporar um prêmio de risco relevante relacionado a isso, o que não deve mudar tão cedo”.
Em outubro, o fundo Verde FIC FIM registrou queda de 0,49%, frente a uma alta de 0,16% do CDI. De acordo com a gestora, o fundo teve ganhos no livro de moedas no mês, e perdas nas posições de ações, tanto no Brasil quanto no livro global, por conta da correção na última semana do mês. No acumulado do ano, o retorno é negativo em 1,96%, contra valorização de 2,45% do CDI.