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Citigroup (CTGP34) prevê petróleo em US$ 65 o barril por queda na demanda

Segundo os analistas, a cotação do petróleo poderia chegar em US$ 45 em 2023 por causa da desaceleração mundial

Extração de Petróleo (Daniel Acker/Bloomberg)

Extração de Petróleo (Daniel Acker/Bloomberg)

Um relatório do banco americano Citigroup (CTGP34) divulgado nesta terça-feira, 5, prevê que a cotação do petróleo caia para US$ 65 até o final do ano.

Segundo os analistas do Citigroup, a cotação do petróleo poderia chegar em US$ 45 até o final de 2023 por causa da desaceleração da demanda mundial.

Cotação do petróleo disparou em 2022

A cotação internacional do petróleo disparou este ano após a invasão russa da Ucrânia.

Além disso, a recuperação econômica pós-pandemia do novo coronavírus aumentou a demanda do combustível.

Entretanto, à medida que os bancos centrais elevam as taxas de juro, aumentando os riscos de recessão, as previsões dos bancos globais indicam uma queda do preço da commodity.

Os analistas do Citi, liderados por Francesco Martoccia, escreveram no relatório que esperam que os preços do petróleo caiam até o final deste ano, à medida que a oferta se mantém, mas uma desaceleração econômica global levará para um esfriamento da demanda.

Se o crescimento econômico global desacelerar para níveis recessivos, os preços podem cair para US$ 65 o barril até o final de 2022 e continuar caindo para US$ 45 no ano seguinte. Entretanto, existe uma probabilidade de apenas 10% que esse seja o desfecho.

O cenário base do banco, com 50% de probabilidade de acontecer, é que o petróleo Brent caia para US$ 85 o barril até o final do ano, uma queda de cerca de 20% em relação ao preço atual.

No entanto, o Citi também disse que as sanções europeias contra a Rússia, como o plano da UE de reduzir drasticamente as importações do país, podem aumentar os preços.

O banco acredita que há 30% de chance de os preços do petróleo subirem para US$ 120 até o final do ano.

Possível crise nos Estados Unidos e incertezas sobre cotações do petróleo

Muitos analistas estão preocupados sobre a possibilidade que algumas das maiores economias do mundo, incluindo os Estados Unidos, entrem em recessão à medida que bancos centrais como o Federal Reserve (Fed) elevem os juros, em um esforço para reduzir a inflação.

“Atualmente, nossos economistas dos EUA não esperam que o país mergulhe em uma recessão, mas também estão céticos sobre a capacidade do Fed de projetar uma desaceleração modesta, já que a experiência histórica tem sido de aterrissagens difíceis e não suaves”, escreveram os analistas do Citi.

Essa situação de incerteza sobre os rumos do mercado afeta as cotações do petróleo e as previsões sobre o preço futuro da commodity.

Há poucos dias, o JPMorgan divulgou um relatório onde indicou como a cotação do petróleo poderia chegar em US$ 280 o barril por causa das consequências das sanções europeias contra a Rússia.

Em geral, o consenso entre os analistas é que o petróleo tipo Brent termine o ano em cerca de US$ 101 o barril.

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