Mercados

Cielo decepciona (mais uma vez) e ações caem forte na Bolsa

A queda no lucro foi pressionada por uma concorrência mais acirrada e menor receita financeira

Cielo: no ano, os papéis da companhia acumula queda de 35% (Cielo/Divulgação)

Cielo: no ano, os papéis da companhia acumula queda de 35% (Cielo/Divulgação)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 31 de julho de 2018 às 10h36.

São Paulo - As ações da Cielo registravam desvalorização de 6% na manhã desta terça-feira. Os papéis eram negociados na casa dos 14 reais.

A companhia divulgou que teve lucro líquido de 817,5 milhões  de reais no segundo trimestre deste ano, queda de 17,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, que foi de 994,3 milhões de reais. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a queda foi ainda maior de 18,8%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Cielo alcançou R$ 1,147 bilhão no segundo trimestre, 10,3% abaixo do mesmo período de 2017, quando foi de R$ 1,279 bilhão. Em relação aos três meses anteriores, foi identificado contração de 7,7%.

Já a receita operacional líquida totalizou R$ 2,927 bilhões no segundo trimestre, alta de 3,4% em 12 meses. Em relação ao trimestre anterior, a alta foi de 5,1%.

O resultado decepcionou os investidores. Em relatório divulgado, a Guide Investimentos afirmou que “o resultado da Cielo veio (mais uma vez) mais fraco do que o esperado pelo mercado, pressionados por uma concorrência mais acirrada e menor receita financeira.”

Disse ainda que o cenário segue  desafiador para companhia e que não enxerga alguma mudança de tendência para o ativo no curto prazo, o que os deixam cautelosos com o papel. “ Para 2018, vamos um espaço limitado para o crescimento nos lucros.”

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresCieloMercado financeiro

Mais de Mercados

B3 suspende negociação da Petrobras (PETR4) após divulgação de nova diretoria

Inflação baixou, mas Fed ficou mais conservador: o que aconteceu?

Petrobras (PETR4) paga dividendos extraordinários e regulares na próxima semana

"O corte de juros acabou e Copom unânime deve favorecer o câmbio", diz Ettore Marchetti, da EQI

Mais na Exame