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China diz que não irá permitir valorização acentuada do iuan

A terceira maior economia do mundo segue rejeitando mudanças em sua política de câmbio, criticada como principal responsável pelo superávit comercial do país

Em coletiva de imprensa na capital do Uzbequistão, o ministro das Finanças reafirmou a postura contra o fortalecimento da moeda  (.)

Em coletiva de imprensa na capital do Uzbequistão, o ministro das Finanças reafirmou a postura contra o fortalecimento da moeda (.)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2010 às 13h50.

A China reafirmou neste domingo sua resistência às pressões para permitir a alta acentuada do iuan, rejeitando argumentos segundo os quais sua política de câmbio seria a principal responsável pelo superávit comercial do país.

O ministro das Finanças Xie Xuren também deixou claro que a terceira maior economia do mundo vai manter sua postura de longa data de reformar seu mecanismo de câmbio, apesar de desavenças com os Estados Unidos.

"Vamos continuar a promover o aperfeiçoamento do mecanismo de formação da taxa de câmbio do iuan e vamos manter a taxa de câmbio do iuan basicamente estável, em nível razoável e equilibrado", disse Xie em coletiva de imprensa na capital do Uzbequistão.

"Não se pode citar o superávit comercial chinês como desculpa para pedir à China que permita a valorização do iuan", disse Xie, acrescentando que a moeda chinesa estável ajudou a economia global a reverter a pior recessão em muitas décadas.

A China vem sofrendo pressões crescentes para permitir que sua moeda, também conhecida como renminbi, comece a se fortalecer novamente, depois de estar virtualmente atrelada ao dólar desde meados de 2008, enquanto a economia busca superar a recessão global.

Foi uma coletiva de imprensa conjunta com ministros da área financeira de 12 outras economias asiáticas, incluindo Japão e Coreia do Sul, mas foi dominada por questões chinesas, com o banco central da China anunciando a revogação das exigências de reservas dos bancos apenas minutos antes de a coletiva começar.

Em contraste com vizinhos regionais como Índia, Malásia, Vietnã e Austrália, a China não recorreu a instrumentos mais contundentes, como a elevação dos custos de empréstimos, entre outras razões porque nutre dúvidas quanto à solidez da recuperação global.

Sublinhando a natureza técnica da iniciativa tomada pelo banco central no domingo, Xie disse que a China está comprometida em conservar a "política monetária apropriadamente flexível" que adotou no fim de 2008, quando a crise financeira internacional estava a todo vapor. 

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