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Cemig tem “cara de empresa privada”; ações podem subir até 38%

Concórdia Corretora ampliou o preço-alvo e recomendou a compra dos papéis da companhia

Usina hidrelétrica de São Simão: a maior usina administrada pela Cemig (Divulgação)

Usina hidrelétrica de São Simão: a maior usina administrada pela Cemig (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2011 às 16h00.

São Paulo – Após avaliar as demonstrações financeiras consolidadas de 2010, o processo de renovação de concessões no setor de energia elétrica do Brasil e a capacidade de geração e transmissão da Cemig (CMIG4), a equipe de pesquisa da Concórdia Corretora optou nesta sexta-feira (29) por alterar as projeções para a companhia, principalmente diante do potencial de valorização dos papéis.

Em relatório, os analistas Leonardo Zanfelicio e Karina Freitas elevaram levemente o preço-alvo das ações preferenciais para 41,27 reais até o final de 2011, o que representa um potencial de alta de 37,47% frente à cotação de 30,02 reais vista no fechamento do último pregão.

A recomendação de compra para os papéis ordinários foi mantida, não apenas por conta do potencial de valorização, como também pelo perfil defensivo da ação da empresa, que proporciona “maior estabilidade em momentos de fortes oscilações” na bolsa de valores, justificam os analistas.

Segundo a Concórdia, a Cemig é “uma empresa estatal com cara de privada”, já que tem acompanhado o crescimento do setor de energia elétrica nos últimos tempos, realizando inclusive aquisições. Em sua análise, a corretora ainda incorporou o cenário de preços e o processo de renovação de concessões.

Estimativas

Zanfelicio e Karina trabalham com projeções conservadoras para as receitas advindas do segmento de gás nos próximos anos. Já para o segmento de geração, eles consideraram a expansão de preços acima da inflação até 2014.

A expectativa é que os investimentos sigam em linha com o guidance da companhia estipulado para o biênio 2011-2012, com desembolsos da ordem de 9% a 10% da receita líquida. A avaliação da Concórdia não inclui gastos com novas aquisições, embora “esta possibilidade não deve ser descartada”, alertam os analistas.

Para a remuneração aos acionistas, a projeção é de uso da política de proventos, com distribuição de 50% do lucro líquido anual. “Desta forma, chegamos a um dividend yield (rentabilidade) de 5% para este ano e 7,5% em 2016”, estimam. Segundo a Concórdia, com a acumulação de caixa, a companhia poderá fazer distribuições adicionais de proventos, apesar de este fator não estar incluído nas projeções da empresa.

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