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CÂMBIO-Mercado acompanha aversão a risco externa e dólar sobe

SÃO PAULO, 10 de janeiro (Reuters) - O dólar retomava a trajetória de alta nesta segunda-feira, alinhado com o comportamento de aversão ao risco nos mercados internacionais, ainda em reação aos dados de postos de trabalho nos EUA e com preocupações sobre a crise de dívida na zona do euro. Às 10h45, o dólar era […]

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2011 às 09h46.

SÃO PAULO, 10 de janeiro (Reuters) - O dólar retomava a
trajetória de alta nesta segunda-feira, alinhado com o
comportamento de aversão ao risco nos mercados internacionais,
ainda em reação aos dados de postos de trabalho nos EUA e com
preocupações sobre a crise de dívida na zona do euro.

Às 10h45, o dólar era vendido a 1,691 real, com
valorização de 0,30 por cento. Em relação a uma cesta de moedas
, o dólar subia 0,30 por cento. Os futuros de Wall Street
exibiam baixa, enquanto as bolsas na Europa caíam.

"Esta elevação da aversão ao risco, com certa correção do
otimismo que tem prevalecido neste início do ano, se deve à
preocupação com os leilões dos títulos dos países da zona do
Euro, que serão realizados ao longo da semana, e ao reflexo do
fechamento do mercado da última sexta-feira, que reagiu ao dado
mais fraco do mercado de trabalho nos EUA", afirmou o Bradesco,
em boletim diário sobre os mercados.

A economia dos EUA criou 103 mil vagas de trabalho em
dezembro, bem abaixo da expectativa de 175 mil vagas abertas. A
taxa de desemprego caiu para 9,4 por cento, mas por causa da
redução na força de trabalho em 260 mil pessoas.

Na zona do euro, uma fonte sênior disse à Reuters no
domingo que a pressão está crescendo da parte de Alemanha e
França para que Portugal busque um resgate e impeça que a crise
de dívida se espalhe pelo bloco.

Internamente, os players também ajustam as posições
vendidas em dólar. Na semana passada, o Banco Central anunciou
que vai, a partir de abril, recolher compulsório sobre posição
vendida em dólar excedente dos bancos. O impacto da medida,
porém, é pontual, segundo especialistas, sem reverter a
tendência de queda do dólar, apenas limitando-a.

"Os bancos tem um prazo razoável para se adaptarem à nova
regra, e além disso, o limite da posição de 3 bilhões de
dólares por instituição para o pagamento do compulsório ( além
do patrimônio de referência) ainda pode ser considerado
folgado", afirmou a corretora Prosper, em relatório diário.

"Mesmo que recue 6 bilhões de dólares nas próximas semanas,
a posição vendida em câmbio continuará elevada", completou a
corretora, cujo cenário referencial trabalha com possíveis
medidas adicionais do governo no câmbio.

(Por Nathália Ferreira; Edição de Vanessa Stelzer)

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