São Paulo - O dólar abriu em baixa e recua pelo segundo dia seguindo acompanhando a baixa da divisa americana no exterior, enquanto o mercado monitora os passos do Banco Central.

A moeda americana recuava 0,52 por cento, cotada a R$ 1,6718, às 10h40. Ontem, a moeda americana caiu 0,27 por cento, para R$ 1,6805, com investidores aguardando a decisão do Comitê de Política Monetária, que deve elevar a taxa básica pela primeira vez desde julho.

A valorização do real é favorecida pelo desempenho do mercado externo e também pelo fato de o Banco Central não ter realizado leilão de swap cambial reverso ontem, disse Francisco Carvalho, diretor de câmbio da BGC Liquidez Corretora, em entrevista por telefone de São Paulo. O fato de o BC não ter atuado gerou dúvidas “se a atuação vai ser forte ou não”, disse Carvalho.

O Banco Central realizou leilão de swap cambial reverso na sexta-feira pela primeira vez em quase dois anos, levando o dólar a subir 0,75 por cento.

No exterior, o dólar recua hoje diante do euro e outras moedas com especulações de que os esforços das autoridades para conter a crise europeia deverão ser bem-sucedidos. O iuane avançou antes da visita amanhã do presidente chinês Hu Jintao ao seu colega americano Barack Obama em Washington.

Swap sem IOF

O Conselho Monetário Nacional vai deixar de cobrar o Imposto sobre Operações Financeiras sobre ajustes diários de swaps cambiais, segundo decisão comunicada ontem pelo Banco Central. A partir de ontem, investidores estrangeiros não são mais obrigados a fechar contratos de câmbio para transferir recursos obtidos com investimentos em derivativos para outras aplicações.

“É mais uma medida administrativa, não tem grande impacto no mercado”, disse Carvalho, da BGC Liquidez.

O Banco Central publicou hoje resolução que dispensa a vinculação de contratos de câmbio a Declarações de Despachos de Exportacao (DDE) e a Declarações de Importação (DI) e estabelece outras providências.