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CÂMBIO-Dólar segue exterior e interrompe sequência de 10 quedas

SÃO PAULO, 15 de setembro (Reuters) - O dólar subia levemente frente ao real nesta quarta-feira, fazendo uma pausa após dez dias seguidos de queda, com a reação internacional à intervenção do governo japonês no mercado de câmbio. Às 10h50, a moeda norte-americana era cotada a 1,713 real, em alta de 0,29 por cento. Na […]

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2010 às 07h56.

SÃO PAULO, 15 de setembro (Reuters) - O dólar subia
levemente frente ao real nesta quarta-feira, fazendo uma pausa
após dez dias seguidos de queda, com a reação internacional à
intervenção do governo japonês no mercado de câmbio.

Às 10h50, a moeda norte-americana era cotada a 1,713
real, em alta de 0,29 por cento. Na véspera, completando a
maior sequência de baixas desde novembro de 2005, o dólar caiu
a 1,708 real e atingiu o menor nível em dez meses.

Enquanto profissionais do mercado discutem no Brasil a
possibilidade de uma atuação mais agressiva do governo para
frear a valorização do real, autoridades japonesas anunciaram a
primeira intervenção no mercado em seis anos para tirar o iene
das máximas em 15 anos contra o dólar .

Após a decisão do Banco do Japão, que comprou dólares no
mercado à vista, o iene caiu mais de 2 por cento e deu início a
um movimento de alta global do dólar. Ante uma cesta com as
principais moedas, a divisa dos Estados Unidos se recuperava
0,7 por cento .

"A principal história do dia é a intervenção do Japão no
câmbio", avaliaram analistas do BNP Paribas em relatório.
"(Mas) temos a opinião de que as chances das autoridades
japonesas reverterem a tendência do iene são pequenas... Parece
que o mercado tem a mesma opinião, já que a alta do dólar foi
de apenas 2 por cento, quando na primeira intervenção do BC
suíço, a variação entre o euro e o franco foi de 5 por cento."

Na agenda do dia, investidores aguardam os dados semanais
sobre fluxo de câmbio e compras do Banco Central do Brasil no
mercado à vista. Os números, a serem divulgados às 12h30, devem
mostrar as compras do BC até quarta-feira passada, no primeiro
dia de leilão duplo.

Na BM&FBovespa, o FRA (forward rate agreement) de cupom
cambial de vencimento mais curto, para novembro , se
mantinha acima de 2 por cento nesta manhã. A alta do cupom,
taxa local de juro em dólares, é apontada por analistas como
sinal de que é mais provável uma intervenção do BC no mercado
futuro por meio de swaps cambiais reversos.

(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Daniela Machado)

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