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CÂMBIO-Dólar se aproxima de R$1,70; mercado vigia BC

SÃO PAULO, 14 de setembro (Reuters) - O dólar mantinha a tendência de queda nesta terça-feira, aproximando-se de 1,70 real e aumentando a expectativa do mercado por uma intervenção mais agressiva do governo no mercado de câmbio. Às 10h43, a moeda norte-americana caía pelo décimo dia seguido, com variação de 0,35 por cento, para 1,710 […]

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2010 às 07h44.

SÃO PAULO, 14 de setembro (Reuters) - O dólar mantinha a
tendência de queda nesta terça-feira, aproximando-se de 1,70
real e aumentando a expectativa do mercado por uma intervenção
mais agressiva do governo no mercado de câmbio.

Às 10h43, a moeda norte-americana caía pelo décimo
dia seguido, com variação de 0,35 por cento, para 1,710 real.

A mínima do dia, a 1,709 real, foi a menor cotação desde 4
de dezembro de 2009.

A tendência de valorização do real tem sido provocada,
principalmente, pela expectativa de um ingresso volumoso de
recursos para a capitalização da Petrobras e para
diversas emissões de títulos --que, somente na semana passada,
somaram cerca de 4 bilhões de dólares.

Nesta manhã, o Tesouro anunciou a reabertura de um bônus
denominado em dólares com vencimento em 2041. Segundo uma
fonte, o volume é de 500 milhões de dólares.

De olho no fluxo por vir, os estrangeiros continuam a
vender dólares no mercado futuro. Na segunda-feira, a posição
vendida dos investidores não-residentes alcançou 12,125 bilhões
de dólares, ou 242,5 mil contratos de dólar futuro e cupom
cambial (DDI), segundo dados da BM&FBovespa.

Por ora, o governo tem reagido com compras mais intensas do
Banco Central no mercado à vista, com dois leilões por dia
desde quarta-feira. Operadores estimam que, após absorver entre
1 e 1,3 bilhão de dólares na sexta-feira, o BC tenha enxugado
entre 650 milhões e 1 bilhão de dólares na segunda-feira.

Os dados são apenas estimativas de mercado. Os números
oficiais serão divulgados pelo BC somente na próxima semana.

Além das compras, o mercado comenta a possibilidade de um
leilão de swap cambial reverso. A operação, que funciona como
uma compra de dólares pelo BC no mercado futuro, atenderia à
enorme oferta de moeda pelos estrangeiros e atenuaria a alta do
cupom cambial, cujo vencimento mais curto tem subido a cerca de
2 por cento na BM&FBovespa .

Outra possibilidade, comentada por profissionais de
mercado, seria a limitação das posições vendidas dos bancos no
mercado à vista, também em níveis expressivos --13,724 bilhões
de dólares no fim de agosto.

"O mercado está testando a disposição do governo, e vai
continuar a empurrar a moeda para a baixo", disse o chefe da
mesa de operações de um banco estrangeiro, que preferiu não ser
identificado.

(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Vanessa Stelzer)

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