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Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2011 às 10h04.
SÃO PAULO, 13 de janeiro (Reuters) - O dólar operava em
baixa nesta quinta-feira, monitorando o comportamento dos
mercados internacionais, que seguem mostrando certa
tranquilidade diante dos leilões de dívida em países da zona do
euro.
Às 10h57, o dólar era cotado a 1,671 real para
venda, em queda de 0,36 por cento. Frente a uma cesta de
moedas, o dólar cedia 0,26 por cento, enquanto o euro
subia 0,48 por cento. As bolsas europeias variavam entre
leve baixa e leve alta, mas o índice das principais ações
mantinha-se perto da máxima em 28 meses.
Na véspera, o leilão de bônus de Portugal, que atraiu forte
demanda, ajudou a aplacar parte das preocupações de que o país
poderia ser forçado a pedir um socorro financeiro em breve,
embora especialistas ainda vejam essa possibilidade no
horizonte.
Nesta quinta-feira, o leilão de bônus da Espanha também foi
bem-sucedido, refletindo as expectativas de que os governos da
zona do euro tomarão novas medidas para amenizar a crise de
dívida na região. A Itália também realizou leilão de bônus, com
aumento na demanda e no rendimento.
Há pouco, o Banco Central Europeu anunciou que manteve a
taxa básica de juros em 1 por cento, dentro do esperado pelo
mercado.
Mais cedo, o Banco da Inglaterra anunciou manutenção do
juro básico na mínima recorde de 0,5 por cento e não alterou o
programa de compra de bônus de 200 bilhões de libras, conforme
previsto pelo mercado.
A agenda do dia reserva ainda os dados da balança comercial
dos EUA em novembro, os preços no atacado em dezembro e os
pedidos semanais de auxílio-desemprego naquele país. Na
quarta-feira, o Livro Bege do Federal Reserve, mostrou que a
economia dos Estados Unidos se fortaleceu no final do ano e
citou crescimento do nível do emprego em todo o país.
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"O tom geral, contudo, ainda permanece de cautela,
sugerindo que a retomada não é tão forte, mesmo que a aposta
central seja de continuidade da melhora ao longo de 2011",
afirmou o Bradesco em boletim diário sobre mercados e
economia.
Internamente, os investidores seguem de olho nas atuações
do Banco Central, o que deixa a moeda norte-americana com pouco
espaço para cair.
"A queda da taxa de câmbio nominal é limitada pelas
recentes medidas, mas sobretudo com uma potencial atuação na
ponta compradora de divisas pelo Banco Central com maior
intensidade e/ou adoção de novos ajustes no mercado (como o IOF
por exemplo)", destacou a Prosper Corretora, em relatório
diário.
"Nosso cenário referencial trabalha com possíveis medidas
complementares do governo sobre o mercado cambial, de forma a
sustentar uma faixa de câmbio na vizinhança de 1,70 real",
completou a corretora.
(Por Nathália Ferreira; Edição de Alexandre Caverni)