Mercados

CÂMBIO-BC reforça atuação, mas dólar ainda fecha em baixa

Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 8 de setembro (Reuters) - O dólar caiu pela sexta sessão consecutiva nesta quarta-feira, fechando no menor patamar desde 4 de janeiro com a perspectiva de um aumento da entrada de capitais no país nos próximos dias. Diante da contínua queda do dólar, o Banco Central reforçou sua atuação no […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2010 às 13h49.

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 8 de setembro (Reuters) - O dólar caiu pela
sexta sessão consecutiva nesta quarta-feira, fechando no menor
patamar desde 4 de janeiro com a perspectiva de um aumento da
entrada de capitais no país nos próximos dias.

Diante da contínua queda do dólar, o Banco Central reforçou
sua atuação no mercado e comprou dólares em dois leilões pela
primeira vez desde 3 de maio. A intervenção dupla, porém, teve
por ora efeito apenas limitado sobre a taxa de câmbio.

A moeda norte-americana terminou o dia a 1,725 real,
com variação negativa de 0,12 por cento.

Além da oferta de ações da Petrobras ,
prevista para ser a maior já registrada no mundo, outras quatro
emissões de títulos --por parte da mineradora Vale ,
do banco estatal BNDES, da empresa de telefonia Telemar Norte
Leste e da construtora Odebrecht-- devem atrair
cerca de 4 bilhões de dólares para o país no curto prazo.

A operação da Telemar, com demanda próxima a 6 bilhões de
dólares segundo o serviço de informações financeiras IFR,
indicava o grande interesse por papéis brasileiros.

"Se isso tudo vier (cerca de 4 bilhões de dólares nas
quatro emissões), o mercado trabalha com o câmbio muito próximo
de 1,71 (real) até sexta-feira. E a semana que vem o próximo
piso de resistência seria 1,70", disse João Medeiros, diretor
de câmbio da corretora Pioneer.

Com a previsão de um ingresso volumoso de recursos, os
estrangeiros já acumulam quase 11 bilhões de dólares em
posições vendidas nos mercados de dólar futuro e de cupom
cambial (DDI). No mercado à vista, quem ostenta uma expressiva
posição vendida são os bancos, com 13,7 bilhões de dólares
--maior dado conhecido desde maio de 2007. [ID:nN08108212]

BC REFORÇA INTERVENÇÃO

Diante do cenário favorável à valorização do real, o BC
confirmou a expectativa alentada nas últimas semanas e anunciou
um segundo leilão de compra de dólares. [ID:nN23260682]

A taxa de câmbio, no entanto, exibiu uma reação tímida
imediatamente após a operação. Antes do leilão, o dólar era
cotado a 1,723 real e, depois, a taxa de câmbio foi a 1,725
real, ainda em queda de 0,12 por cento frente a segunda-feira.

A taxa de corte definida pelo BC foi de 1,7248 real.

"Foi uma surpresa, mas pareceu que o corte foi baixo, então
comprou pouco da fila das ofertas", disse o operador de câmbio
de uma corretora em São Paulo, que preferiu não ser
identificado. "Foi mais fumaça do que efetivo. Foi mais um
aviso: 'olha, cuidado com a venda nesses níveis, pois posso
atuar raspando a fila e colocar esse dólar em outro patamar.'"

(Edição de Aluísio Alves)

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Dólar fecha em R$ 5,73, maior valor em mais de dois anos: pessimismo com Copom impactou a divisa

BTG retira Petrobras (PETR4) da carteira para agosto, mas ainda se mantém no setor de petróleo

Ibovespa recua em dia de aversão a risco enquanto dólar bate R$ 5,73

Meta anima investidores com vendas acima da expectativa

Mais na Exame