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CÂMBIO-Ajuste global força alta do dólar em dia de volume fraco

Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 4 de outubro (Reuters) - O dólar fechou em alta frente ao real nesta segunda-feira, com o mercado prestando atenção no cenário internacional em uma sessão de volume relativamente enxuto. A moeda norte-americana subiu 0,65 por cento, para 1,692 real. Nos últimos sete dias, o dólar acumulava queda de 2,3 […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2010 às 13h41.

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 4 de outubro (Reuters) - O dólar fechou em alta
frente ao real nesta segunda-feira, com o mercado prestando
atenção no cenário internacional em uma sessão de volume
relativamente enxuto.

A moeda norte-americana subiu 0,65 por cento, para
1,692 real. Nos últimos sete dias, o dólar acumulava queda de
2,3 por cento, atingindo o menor nível desde setembro de 2008.

O volume de negócios registrados na clearing (câmara de
compensação) da BM&FBovespa somava 1,1 bilhão de dólares a
poucos minutos do fechamento. A média diária em setembro foi de
pouco mais de 3 bilhões de dólares.

"Está muito fraco", resumiu o operador de uma corretora em
São Paulo, que preferiu não ser identificado. "E, como afundou
o S&P 500 (índice de ações em Nova York ), aqui o dólar
acompanhou, sem muita força."

Enquanto o mercado brasileiro encerrava as operações, o S&P
500 caía 0,9 por cento e o dólar subia 0,5 por cento em relação
a uma cesta com as principais moedas .

Após um mês de lucros na bolsa de valores norte-americana,
os investidores se preparavam para uma semana carregada de
indicadores, com destaque para o relatório sobre o mercado de
trabalho dos Estados Unidos, com divulgação na sexta-feira.
Além disso, notícias sobre Irlanda, Portugal e Grécia
justificavam a queda do euro [ID:nN04127996]
[ID:nN04103273].

O predomínio do cenário externo deixou em segundo plano a
discussão sobre a campanha presidencial no Brasil. Para a
maioria dos analistas, a indefinição entre Dilma Rousseff (PT)
e José Serra (PSDB) deve adiar possíveis medidas do governo de
intervenção no câmbio --o que, para eles, deve favorecer a
queda do dólar ao longo deste mês.

"As medidas para lidar com a apreciação do real,
particularmente em termos de política fiscal, terão que ser
adiadas um pouco mais", acredita Mauricio Rosal, economista
para América Latina da corretora Raymond James.

A probabilidade, porém, não é vista de forma unânime. Para
Zeina Latif, economista do RBS, o governo pode atuar de forma
mais firme contra a baixa do dólar para evitar críticas de
Serra à política cambial durante a campanha.

Nesta segunda-feira, a atuação do governo restringiu-se a
dois leilões de compra de dólares do Banco Central. A
assessoria de imprensa do BC afirmou que a instituição "não
define sua atuação em função do cenário político".

(Reportagem adicional de Ana Nicolaci da Costa; Edição de
Daniela Machado)

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Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 4 de outubro (Reuters) - O dólar fechou em alta
frente ao real nesta segunda-feira, com o mercado prestando
atenção no cenário internacional em uma sessão de volume
relativamente enxuto.

A moeda norte-americana subiu 0,65 por cento, para
1,692 real. Nos últimos sete dias, o dólar acumulava queda de
2,3 por cento, atingindo o menor nível desde setembro de 2008.

O volume de negócios registrados na clearing (câmara de
compensação) da BM&FBovespa somava 1,1 bilhão de dólares a
poucos minutos do fechamento. A média diária em setembro foi de
pouco mais de 3 bilhões de dólares.

"Está muito fraco", resumiu o operador de uma corretora em
São Paulo, que preferiu não ser identificado. "E, como afundou
o S&P 500 (índice de ações em Nova York ), aqui o dólar
acompanhou, sem muita força."

Enquanto o mercado brasileiro encerrava as operações, o S&P
500 caía 0,9 por cento e o dólar subia 0,5 por cento em relação
a uma cesta com as principais moedas .

Após um mês de lucros na bolsa de valores norte-americana,
os investidores se preparavam para uma semana carregada de
indicadores, com destaque para o relatório sobre o mercado de
trabalho dos Estados Unidos, com divulgação na sexta-feira.
Além disso, notícias sobre Irlanda, Portugal e Grécia
justificavam a queda do euro [ID:nN04127996]
[ID:nN04103273].

O predomínio do cenário externo deixou em segundo plano a
discussão sobre a campanha presidencial no Brasil. Para a
maioria dos analistas, a indefinição entre Dilma Rousseff (PT)
e José Serra (PSDB) deve adiar possíveis medidas do governo de
intervenção no câmbio --o que, para eles, deve favorecer a
queda do dólar ao longo deste mês.

"As medidas para lidar com a apreciação do real,
particularmente em termos de política fiscal, terão que ser
adiadas um pouco mais", acredita Mauricio Rosal, economista
para América Latina da corretora Raymond James.

A probabilidade, porém, não é vista de forma unânime. Para
Zeina Latif, economista do RBS, o governo pode atuar de forma
mais firme contra a baixa do dólar para evitar críticas de
Serra à política cambial durante a campanha.

Nesta segunda-feira, a atuação do governo restringiu-se a
dois leilões de compra de dólares do Banco Central. A
assessoria de imprensa do BC afirmou que a instituição "não
define sua atuação em função do cenário político".

(Reportagem adicional de Ana Nicolaci da Costa; Edição de
Daniela Machado)

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