Mercados

Caixa pode fazer IPO de área de cartões antes de unidade de seguros

Segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, a instituição pode inverter o planejamento inicial devido aos desdobramentos da crise da covid-19

Caixa: banco pode mudar ordem de abertura de capital de algumas de suas áreas (Exame/Exame)

Caixa: banco pode mudar ordem de abertura de capital de algumas de suas áreas (Exame/Exame)

R

Reuters

Publicado em 21 de maio de 2020 às 14h53.

Última atualização em 21 de maio de 2020 às 15h30.

A Caixa Econômica Federal oferece uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da área de cartões antes da abertura de capital de sua unidade de seguros, invertendo o planejamento inicial, devido aos desdobramentos da crise do covid-19, disse nesta quinta-feira o presidente do banco, Pedro Guimarães.

"Se você não conseguir realizar o IPO da Seguridade até setembro, poderá deixar a operação para 2021", disse Guimarães a jornalistas durante teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre.

Segundo o executivo, a possibilidade de inversão nos planos pode ajudar os investidores a ter uma melhor visibilidade dos negócios de seguros do banco, concentrados na Caixa Seguridade, já que os acordos importantes da unidade terminam no início de 2021.

A Caixa Seguridade pretendia concluir no mês passado sua primeira bolsa de valores, com uma oferta de ações estimada em cerca de 15 bilhões de reais.

No entanto, com a crise econômica deflagrada pela pandemia de coronavírus, o IPO da empresa e de cerca de 30 outras empresas do país que pretendiam fazer o mesmo foi suspenso ou cancelado.

Nos meses e semanas antes de oficializar os planos de IPO, a Caixa Seguradora anuncia parcerias com outras seguradoras para diferentes áreas de negócios, para iniciar o próximo ano, após o término do contrato vigente com as garantias do CNP.

De acordo com Guimarães, pelo menos outras duas joint ventures da Caixa Seguridade serão anunciadas nas próximas semanas e, para os investidores, serão mais fáceis de entender ou impactar essas parcerias nos resultados futuros da empresa, quando elas já tiverem entrado em vigor.

"Não estamos com pressa e não vamos vender ações da Caixa Seguridade por qualquer preço", acrescentou Guimarães.

Acompanhe tudo sobre:CaixaCoronavírusIPOs

Mais de Mercados

Musk sobe o tom com quem aposta contra Tesla e promete 'aniquilar' até Gates

Eleição no Reino Unido não muda cenário para ativos e risco de crise é "muito alto", diz Gavekal

Americanas (AMER3): posição em aluguel na bolsa dobra no ano e representa mais de 30% do free float

Após eleições, Goldman Sachs eleva previsão de crescimento do Reino Unido

Mais na Exame