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Caged, Petrobras, Americanas, Dommo e o que mais move o mercado

Bolsas internacionais têm novo dia de recuperação, mas caminham para pior mês desde 2020

Petrobras: fracassam as negociações para a venda de Polo Ucuru |Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Petrobras: fracassam as negociações para a venda de Polo Ucuru |Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 31 de janeiro de 2022 às 07h09.

Última atualização em 31 de janeiro de 2022 às 08h39.

Bolsas internacionais avançam nesta segunda-feira, dia 31, dando continuidade ao movimento de recuperação iniciado nos pregões da última semana. Os índices de ações europeus chegam a subir mais de 1% nesta manhã, enquanto os futuros americanos apresentam leves altas, após terem subido mais de 2% no pregão anterior.

Apesar da melhora do ambiente externo, preocupações sobre a alta de juros do Federal Reserve devem levar os índices de Wall Street a fechar janeiro com perdas históricas.

No mês, o S&P 500 acumula 7% de queda, a maior desde a queda de 12% de março de 2020. O Nasdaq, mais sensível às taxas de juros, já caiu 12% no mês, contra 10% do mês que marcou o pico dos efeitos da pandemia no mercado. 

O Stoxx 600, na Europa, caminha para encerrar janeiro com queda de quase 4%. Por lá, investidores digerem a divulgação do PIB da zona do euro do quarto trimestre, que cresceu 0,3% na comparação com o terceiro. 

O mercado brasileiro tem andado na direção contrária e pode ter seu melhor mês desde novembro de 2020.

Neste início de ano, o Ibovespa tem mais de 6% de alta. Sinalizações mais “amenas” ao mercado do candidato líder nas pesquisas à presidência e maior busca por emergentes da parte de investidores no exterior estiveram entre os fatores que contribuíram para o desempenho do mercado doméstico. 

O crescimento econômico e as expectativas de inflação, contudo, seguem como pontos de preocupação entre investidores brasileiros. Nesta segunda, economistas estarão atentos às atualizações das estimativas para a economia, informações presentes no boletim Focus do Banco Central.

No radar ainda estarão os dados de criação de empregos formais, do Caged, referentes a dezembro. A expectativa é a de queda de 175.000 vagas, segundo consenso da Bloomberg, ante criação de 342.112 no mês anterior. Dados sobre o resultado fiscal e a relação dívida/PIB do Brasil também serão divulgados nesta segunda.

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Petrobras: negociação fracassa

A Petrobras (PETR3/PETR4) encerrou as negociações com à Eneva (ENEV3) para a venda do Polo Urucu, que inclui sete concessões de produção terrestre, localizadas na Bacia de Solimões, no Amazonas. 

Segundo a estatal, “não foi possível convergir para um acordo em certas condições críticas”. A Petrobras informou que irá avaliar “as melhores alternativas” para as concessões.

Em fato relevante, a empresa ainda reforçou “ seu foco em ativos em águas profundas e ultraprofundas, onde tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos, com alta produtividade e com menores emissões de gases de efeito estufa”.

Recompra da Americanas 

A Americanas (AMER3) aproveitou a queda de seus papéis, que acumulam desvalorização de mais de 60% em um ano, para lançar um programa de recompra com limite de até 17,5 milhões de ações ordinárias. Considerando a cotação atual de 31,41 reais, o programa pode movimentar cerca de 550 milhões de reais. 

O objetivo da recompra, segundo a Americanas, é “maximizar a geração de valor para os acionistas, por meio de uma administração eficiente da estrutura de capital, sendo que as ações poderão ser utilizadas para atender o disposto nos planos de remuneração baseados em ações da companhia, podendo ainda ser mantidas em tesouraria, canceladas e/ou alienadas posteriormente”.

Dommo: a grande aposta da Prisma

A Prisma Capital, gestora de “investimentos alternativos”, alcançou mais de 50% do capital da Dommo, ex-OGX, se tornando acionista majoritária da companhia. Com a demanda pelos papéis, as ações da companhia subiram mais de 80% neste mês. Apesar da valorização, os papéis acumulam perdas de mais de 90% em relação a novembro de 2019.

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