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BTG prevê avanço da Amazon e derruba B2W e Magalu

Banco afirma que maior varejista online do mundo passará a entregar seus próprios produtos no Brasil, mas não deve ter vida fácil pela frente

ARMAZÉM DA AMAZON NOS EUA: varejista tem avanço lento no Brasil | Rick T. Wilking/Getty Images /
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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2019 às 18h01.

Última atualização em 21 de janeiro de 2019 às 18h35.

Uma antiga ameaça para as varejistas online brasileiras pode, enfim, estar se concretizando. Nesta segunda-feira as principais empresas do mercado brasileiro tiveram quedas na bolsa em decorrência de um relatório do banco BTG Pactual prevendo um crescimento mais agressivo maior varejista online do mundo, a americana Amazon .

A Magazine Luiza caiu 4,13% nesta segunda-feira; a B2W, 3,26%; a Via Varejo, 1,64%. Segundo o relatório, a Amazon está perto de trazer ao Brasil um passo além de seu negócio, passando a cuidar também da logística de entrega de outros produtos além de livros. Segundo o BTG, os novos nichos devem ser eletrônicos, brinquedos e equipamentos domésticos.

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O BTG acompanha de perto o crescimento — e as dificuldades — da Amazon no Brasil. Em agosto, lançou relatório afirmando que a empresa está pronta para crescer no país, mas devagar. A empresa faturou estimados 410 milhões de reais em 2017, e 600 milhões de reais em 2018. A americana vem entrando esporadicamente em novos nichos de negócio, como moda. Mas até então deixou a estrutura logística e comercial a cargo de outros varejistas, numa estratégia tradicional no e-commerce, o marketplace.

O avanço em logística deve, segundo o BTG, trazer uma leva de volatilidade para o varejo online brasileiro. Desde 2016 as varejistas que exploram este segmento vivem um momento de fortes altas, beneficiadas por um mercado que, segundo o relatório, deve triplicar de tamanho até 2022, para 200 bilhões de reais.

Mas as empresas mais bem preparadas para aproveitar esta expansão são, na visão do BTG, B2W e Magazine Luiza, que vêm há anos investindo em suas próprias estruturas logísticas. O Mercado Livre também vem investindo pesado em sua própria estrutura de distribuição.

A competição ficará mais acirrada, mas, no fim das contas, a Amazon não deve ter, no Brasil, para o BTG, o mesmo sucesso que alcançou em países como Alemanha, Reino Unido, Japão e Índia. A previsão é de uma participação de mercado de “dois dígitos baixos”. O banco mantém a indicação de comprar ações tanto de B2W quanto de Magazine Luiza. O anúncio oficial da entrada da Amazon nos novos segmentos deve mostrar se a queda desta segunda-feira foi um susto, ou o início de um momento mais turbulento no varejo online.

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