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Bovespa tenta se firmar em alta com ajuda de bancos

Índice começou o dia no vermelho por Petrobras e pelos ventos contrários vindos dos mercados internacionais


	Bovespa: às 10h45, o índice da bolsa operava estável, aos 51.772,90 pontos
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: às 10h45, o índice da bolsa operava estável, aos 51.772,90 pontos (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2014 às 10h18.

São Paulo - A Bovespa começou o dia no vermelho, influenciada pelas ações da Petrobras e pelos ventos contrários vindos dos mercados internacionais. Mas há pouco, a Bolsa tentava se firmar no positivo, ajudada pelas ações de bancos.

As ações da Vale também estavam em alta e as da Petrobras chegaram subir por alguns instantes. A volatilidade já predomina nos negócios, sendo que o vencimento de opções sobre ações colabora para esse movimento.

Às 10h45, o Ibovespa operava estável, aos 51.772,90 pontos. As ações da Petrobras PN voltavam a cair, com as PN em -0,30% e as ON em -0,47%.

Os papéis da Vale viraram e subiam 0,10% (PNA) e 0,17%(ON). As ações do Banco do Brasil ON subiam 2,98% e as do Itaú Unibanco PN avançavam 0,37%.

Em relação à Petrobras, é grande a expectativa com a conferência de apresentação de resultados operacionais, às 11 horas, depois de ter adiado para dezembro a divulgação de todos os números do terceiro trimestre, após a PricewaterhouseCoopers (PwC) se recusar em auditar o balanço até que as denúncias de corrupção envolvendo a estatal sejam investigadas.

A estatal publicou os números operacionais em anúncio de jornais, no qual mostrou que a produção de petróleo no Brasil atingiu a média de 2,090 milhões barris por dia (bpd), 9% acima do mesmo período de 2013.

A apresentação será comandada pelo diretor financeiro, Almir Barbassa, que tentará justificar aos investidores como nunca detectou o desvio de cifras bilionárias da companhia, conforme apurou o jornalista Antonio Pita, em matéria retransmitida às 7h36.

Segundo a reportagem, há apreensão sobre o registro de uma 'baixa contábil' no balanço financeiro do trimestre, quando ele finalmente for apresentado, provavelmente em dezembro.

Só então o mercado saberá o impacto da alta do dólar sobre o endividamento da estatal, hoje acima de US$ 100 bilhões.

As elétricas também estão no foco, com as ações da Eletrobras em queda forte, diante da notícia de que a Polícia Federal vai investigar se o esquema operado pelo doleiro Alberto Youssef abrange também empresas do setor elétrico, segundo reportagem de hoje do jornal "O Globo".

A estatal de energia reage ainda ao aumento no prejuízo líquido no trimestre passado e à piora na recomendação dos papéis por um banco de investimentos.

Às 10h37, as ações da Eletrobras ON tinham queda de 5,49% e as PNB cediam 5,85%. As da Cemig PN perdiam 0,71%.

Segue como fator de incerteza, a ausência do nome do substituto do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a expectativa é de que agora que terminou a reunião do G-20 na Austrália, a presidente Dilma Rousseff possa se dedicar a pensar nos nomes da equipe econômica e nos passos a serem dados para colocar nos trilhos a situação fiscal e o crescimento do País.

As bolsas internacionais eram pressionadas pela surpresa negativa de que o Japão entrou em recessão técnica no terceiro trimestre, o que levanta a dúvida sobre a perspectiva de crescimento global, além da expectativa de que possa haver mais estímulos no país.

Os investidores também estão no aguardo dos indicadores do dia, com a agenda dos EUA trazendo o Índice Empire State de atividade em novembro (11h30) e a produção industrial em outubro (12h15).

Às 10h40, no mercado futuro em Nova York, o Dow Jones caía 0,17%, o Nasdaq recuava 0,14% e o S&P 500 cedia 0,22%. Na Europa, a Bolsa de Londres estava em -0,09%, Paris em -0,06% e Frankfurt subia 0,07%.

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