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Bovespa tem 6ª alta, impulsionada por bancos e Petrobras

Índice subiu 1,29 por cento, a 47.993 pontos


	Operador da BM&FBovespa:  Ibovespa não emendava seis altas seguidas desde outubro de 2013
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Operador da BM&FBovespa:  Ibovespa não emendava seis altas seguidas desde outubro de 2013 (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 18h18.

São Paulo - A Bovespa cravou sua sexta alta consecutiva nesta segunda-feira, impulsionada pelas ações da Petrobras e do setor financeiro, após relatório do Credit Suisse prever crescimento de dois dígitos no lucro de bancos privados no país neste ano.

O Ibovespa subiu 1,29 por cento, a 47.993 pontos. O índice não emendava seis altas seguidas desde outubro de 2013. O giro financeiro do pregão totalizou 5,6 bilhões de reais.

As ações de Itaú Unibanco, Santander Brasil e Bradesco deram forte impulso ao índice, depois do Credit Suisse reiterar a recomendação de "outperform" (acima da média do mercado) de Itaú e do Santander e elevar a do Bradesco de "neutra" para "outperform".

Em relatório, analistas do Credit mostraram-se otimistas com as perspectivas para os resultados de bancos privados, prevendo que o crescimento dos lucros deve ser de dois dígitos em 2014 e 2015, diante de maiores spreads, esforços para o controle de custos e da desaceleração da concessão de crédito de bancos públicos.

"Em um ano de seca e de risco de racionamento de energia, os bancos brasileiros são um pequeno oásis no deserto", disseram os analistas do Credit, liderados por Marcelo Telles.

As ações preferenciais da Petrobras, com alta de 2,71 por cento, também ajudaram a bolsa a subir.

A Bovespa sustentou alta de mais de 1 por cento apesar da baixa das bolsas dos Estados Unidos, onde investidores optaram por realizar lucros. De acordo com especialistas, estrangeiros voltavam pontualmente para a bolsa brasileira, diante da defasagem de preços locais em relação aos mercados externos.

"O investidor estrangeiro está voltando um pouco para cá no mercado à vista e no futuro, aumentando a posição comprada... Não acho que é uma coisa que se considere muito de médio e longo prazo, mas foi uma oportunidade que viram. Quem vendeu está comprando um pouco de volta", disse o operador Pedro Arantes, da corretora BGC Liquidez.

Segundo Arantes, persistia no mercado brasileiro o apetite visto desde a semana passada, quando o giro financeiro aumentou e a bolsa acumulou alta semanal de 5,37 por cento, em sua melhor semana em seis meses.

Outro destaque do pregão desta sexta foi a ação da Cesp, com alta de 4,99 por cento. A geradora de energia anunciou prejuízo líquido de 990,5 milhões de reais no quarto trimestre de 2013, mas em resultado afetado por provisão relacionada ao fim da concessão da hidrelétrica Três Irmãos.

A companhia propôs o pagamento de cerca de 1 bilhão de reais em dividendos, valor que surpreendeu o mercado positivamente.

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