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BOVESPA-Índice resiste a pressão de construtoras e fecha no azul

(Texto atualizado com mais informações e dados oficiais de fechamento da bolsa) Por Aluísio Alves SÃO PAULO, 28 de fevereiro (Reuters) - A Bovespa resistiu à queda em bloco do setor imobiliário e da Petrobras e seu principal índice fechou no azul nesta segunda-feira, garantindo alta no acumulado do mês. Depois de chegar a operar […]

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 19h15.

(Texto atualizado com mais informações e dados oficiais de
fechamento da bolsa)

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO, 28 de fevereiro (Reuters) - A Bovespa resistiu à
queda em bloco do setor imobiliário e da Petrobras e seu
principal índice fechou no azul nesta segunda-feira, garantindo
alta no acumulado do mês.

Depois de chegar a operar no vermelho no meio da tarde, o
Ibovespa recobrou força até fechar o dia valorizado em
0,72 por cento, aos 67.383 pontos. Em fevereiro, o índice teve
ganho de 1,2 por cento.

O giro financeiro da sessão ficou em 8,14 bilhões de reais,
com um rali nos minutos finais devido a realocações de
investidores à nova carteira do MSCI.

A queda do petróleo, devolvendo parte da escalada recente
devido ao arrefecimento dos temores quanto aos efeitos da crise
no mundo árabe sobre a oferta global do produto teve efeitos
distintos na bolsa paulista.

De um lado, pesou na Petrobras, que já começara a sessão em
baixa após analistas emitirem comentários desanimadores sobre
os resultados da companhia no quarto trimestre que haviam sido
divulgados na sexta-feira à noite. O papel preferencial da
companhia caiu 0,07 por cento, a 28,58 reais.

De outro, aliviou parte da tensão que vinha machucando
papéis de outros setores. Um deles foi o bancário, um dos que
garantiram a alta do índice. Em destaque, Bradesco
subiu 2,27 por cento, 32,00 reais.

"Ajudou um pouco a questão da Líbia, porque o petróleo em
alta estava incomodando", disse Luiz Roberto Monteiro, assessor
de investimentos da corretora Souza Barros.

Ações tidas como defensivas, como as prestadoras de
serviços públicos, também se sobressaíram. Tim Participações PN
, a melhor do Ibovespa, subiu 2,94 por cento, a 6,31
reais, seguida por Cemig , com ganho de 2,79 por
cento, a 27,65 reais.

Quem impediu uma alta ainda maior do índice foi o setor
imobiliário, em meio ao pessimismo criado com o detalhamento do
corte de 50 bilhões de reais no orçamento do governo para 2011,
que inclui redução de 5 bilhões de reais no montante previsto
para o programa habitacional Minha Casa Minha Vida.

MRV , a mais envolvida em projetos para clientes
de baixa renda, o alvo do programa governamental, tombou 5,3
por cento, a 13,21 reais. Cyrela caiu 2,65 por
cento, a 16,55 reais. Rossi Residencial perdeu 2,27
por cento, cotada a 12,90 reais.

HRT , que entrou na nova carteira MSCI de ações,
foi uma das mais negociadas do dia, com giro de 862 milhões de
reais, e subiu 4,17 por cento, a 1874,99 reais. Cetip
também passou a compor a carteira e teve giro de
426,6 milhões de reais, mas caiu 2,4 por cento, a 24,45 reais.

No correr da semana, os investidores monitoram o conteúdo
do discurso do presidente do Federal Reserve ao Senado dos
Estados Unidos, na terça-feira, e a decisão do Copom para a
taxa de juro doméstica, no dia seguinte, após o fechamento do
mercado.

(Edição de Isabel Versiani)

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