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Bovespa em queda com siderurgia e mineração liderando perdas

O Ibovespa caiu 0,52 por cento, para 57.717 pontos. O volume financeiro no pregão somou 5,98 bilhões de reais

Bovespa: na máxima do dia, o índice de referência do mercado brasileiro chegou a recuperar o patamar dos 58 mil pontos perdido pela manhã (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2016 às 18h12.

São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice em queda e com giro fraco nesta quarta-feira, afetada pelo viés negativo no mercado internacional, com ações de empresas de siderurgia e mineração capitaneando as perdas.

O Ibovespa caiu 0,52 por cento, para 57.717 pontos. O volume financeiro no pregão somou 5,98 bilhões de reais, contra uma média diária superior a 7 bilhões de reais em 2016.

Na máxima do dia, o índice de referência do mercado acionário brasileiro chegou a recuperar o patamar dos 58 mil pontos perdido pela manhã, com alta de 0,5 por cento, mas o fôlego teve vida curta.

De acordo com o gestor Carlos Eduardo Eichhorn, diretor na Mapfre Investimentos, o mercado está esperando algo novo que impulsione as ações, enquanto ajusta suas posições após fortes valorizações apuradas desdes o início de 2016. "Muitos gestores estão reduzindo a alocação em ativos que subiram demais e migrando para outros mais descontados, e esse rebalanceamento acaba deixando o índice meio de lado", afirmou.

Eichhorn destacou que a forte alta das ações não refletiu necessariamente os resultados de suas companhias, mas se baseou em expectativas relacionadas à mudança no governo federal, particularmente sobre o quadro fiscal, que precisam ser ratificadas para amparar um novo ciclo de otimismo.

Dúvidas sobre a política monetária dos Estados Unidos corroboraram a cautela local, principalmente ante o discurso da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, marcado para sexta-feira, em que ela pode dar novas pistas sobre a próxima alta da taxa de juros.

Na expectativa da fala de Yellen, Wall Street encerrou no vermelho, em meio ao declínio de ações dos setores de matérias-primas e cuidados pessoais, assim como o petróleo, que caiu afectado por dados de estoques.

Destaques

- VALE encerrou com as preferenciais em queda 3,23 por cento e as ordinárias com recuo de 3,20 por cento, na esteira do declínio do minério de ferro à vista na China e das quedas de ações de minerado no exterior.

- ELIMINAS e CS perderam 8,04 e 7,03 por cento por cento, com a pauta do dia trazendo notícias sobre planos de cisão da primeira e venda de ativos pela segunda. GERA caiu 6,28 por cento.

- PETROBRAS fechou com as preferenciais em queda de 2,13 por cento e as ordinárias com recuo de 1,94 por cento, conforme o petróleo recuo uno exterior, com o contrato de WTI cedendo quase 3 por cento.

- ITAU UNIBANCO caiu 0,48 por cento e BRADES recuou 0,71 por cento, pesando no Ibovespa uma vez que respondem por fatia importante na composição do índice.

- CESP disparou 10,64 por cento, após o Conselho de Sistematização de São Paulo decidir recomendar ao governador do Estado a retomada dos trabalhos e estudos necessários à privativa da geradora de energia.

Texto atualizado às 18h11

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São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice em queda e com giro fraco nesta quarta-feira, afetada pelo viés negativo no mercado internacional, com ações de empresas de siderurgia e mineração capitaneando as perdas.

O Ibovespa caiu 0,52 por cento, para 57.717 pontos. O volume financeiro no pregão somou 5,98 bilhões de reais, contra uma média diária superior a 7 bilhões de reais em 2016.

Na máxima do dia, o índice de referência do mercado acionário brasileiro chegou a recuperar o patamar dos 58 mil pontos perdido pela manhã, com alta de 0,5 por cento, mas o fôlego teve vida curta.

De acordo com o gestor Carlos Eduardo Eichhorn, diretor na Mapfre Investimentos, o mercado está esperando algo novo que impulsione as ações, enquanto ajusta suas posições após fortes valorizações apuradas desdes o início de 2016. "Muitos gestores estão reduzindo a alocação em ativos que subiram demais e migrando para outros mais descontados, e esse rebalanceamento acaba deixando o índice meio de lado", afirmou.

Eichhorn destacou que a forte alta das ações não refletiu necessariamente os resultados de suas companhias, mas se baseou em expectativas relacionadas à mudança no governo federal, particularmente sobre o quadro fiscal, que precisam ser ratificadas para amparar um novo ciclo de otimismo.

Dúvidas sobre a política monetária dos Estados Unidos corroboraram a cautela local, principalmente ante o discurso da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, marcado para sexta-feira, em que ela pode dar novas pistas sobre a próxima alta da taxa de juros.

Na expectativa da fala de Yellen, Wall Street encerrou no vermelho, em meio ao declínio de ações dos setores de matérias-primas e cuidados pessoais, assim como o petróleo, que caiu afectado por dados de estoques.

Destaques

- VALE encerrou com as preferenciais em queda 3,23 por cento e as ordinárias com recuo de 3,20 por cento, na esteira do declínio do minério de ferro à vista na China e das quedas de ações de minerado no exterior.

- ELIMINAS e CS perderam 8,04 e 7,03 por cento por cento, com a pauta do dia trazendo notícias sobre planos de cisão da primeira e venda de ativos pela segunda. GERA caiu 6,28 por cento.

- PETROBRAS fechou com as preferenciais em queda de 2,13 por cento e as ordinárias com recuo de 1,94 por cento, conforme o petróleo recuo uno exterior, com o contrato de WTI cedendo quase 3 por cento.

- ITAU UNIBANCO caiu 0,48 por cento e BRADES recuou 0,71 por cento, pesando no Ibovespa uma vez que respondem por fatia importante na composição do índice.

- CESP disparou 10,64 por cento, após o Conselho de Sistematização de São Paulo decidir recomendar ao governador do Estado a retomada dos trabalhos e estudos necessários à privativa da geradora de energia.

Texto atualizado às 18h11

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