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BOVESPA-Clima de desconforto internacional continua e índice cai

SÃO PAULO, 23 de novembro (Reuters) - A Bovespa estendia a trajetória negativa da véspera nesta terça-feira, com as atenções dos mercados novamente direcionadas para a Irlanda, em dia também de números do PIB dos Estados Unidos. Às 12h59, o Ibovespa exibia desvalorização de 2 por cento, aos 68.241 pontos, depois de ter caído 1,78 […]

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2010 às 12h01.

SÃO PAULO, 23 de novembro (Reuters) - A Bovespa estendia a
trajetória negativa da véspera nesta terça-feira, com as
atenções dos mercados novamente direcionadas para a Irlanda, em
dia também de números do PIB dos Estados Unidos.

Às 12h59, o Ibovespa exibia desvalorização de 2 por
cento, aos 68.241 pontos, depois de ter caído 1,78 por cento na
segunda-feira. O giro financeiro era de 1,8 bilhão de reais.

Além do estresse relacionado às negociações para ajuda à
Irlanda e o perigo de contágio de outros países da zona do
euro, como Portugal, os mercados globais repercutiam a notícia
de ataque da Coreia do Norte contra a Coreia do Sul.

"Ao que tudo indica estamos em um momento de recaída de
crise de abril-maio, mas sem o estresse que tivemos naquele
momento", escreveu Vivian Scovino, da Adinvest.

"O momento é de incerteza... Além do estresse europeu e do
medo de elevação de juros na China, enquanto não se tiver
confirmação do presidente do Banco Central os mercados devem
ficar estressados", afirmou Vivian.

À medida que se multiplicam reportagens dando conta da
saída de Henrique Meirelles da presidência do BC, o mercado
acompanha notícias sobre eventuais substitutos.

Nos Estados Unidos os principais índices de Wall Street
recuavam, mesmo após divulgação do PIB do terceiro trimestre,
que veio melhor que o esperado. O Dow Jones , o S&P
e o Nasdaq cediam mais de 1 por cento.

O Departamento de Comércio do país informou que o PIB do
período foi revisado de 2,0 para a taxa anualizada de 2,5 por
cento. Economistas previam que a expansão do PIB seria revisada
para 2,4 por cento.

No Ibovespa as preferenciais da Petrobras
recuavam 1,24 por cento, para 24,75 reais, enquanto as da Vale
perdiam 1,42 por cento, para 48,60 reais.

O setor de construção amargava as maiores perdas do índice.
PDG cedia 5,16 por cento, para 10,11 reais, e Rossi
tinha queda de 3,8 por cento, para 14,19 reais.

Os bancos também eram destaques da baixa, com o Banco do
Brasil se desvalorizando 3,7 por cento, para 32,41
reais, e Itaú Unibanco perdendo 2,5 por cento, para
40,24 reais.

BOVESPA TEM RECORDE DE GIRO

O volume de negociações da Bovespa no ano já atingiu
recorde histórico, de acordo com levantamento da consultoria
Economatica apresentado nesta terça-feira. Até 22 de novembro o
giro financeiro do segmento do acumulado do ano foi de 706,6
bilhões de dólares, o mais alto já contabilizado mesmo ante
comparação com anos inteiros.

O volume mais alto registrado anteriormente na Bovespa foi
de 691,6 bilhões de reais em 2008.

(Reportagem de Rodolfo Barbosa; Edição de Aluísio Alves)

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