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Bovespa cede pressionada por dados de China e Europa

O rumo dos negócios locais ao longo do dia, porém, depende de dados dos Estados Unidos

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 10h36.

São Paulo - A Bovespa abriu em baixa nesta quinta-feira, contaminada pelo pessimismo que predomina nos mercados internacionais, após a divulgação de indicadores fracos de atividade da China e da zona do euro. O rumo dos negócios locais ao longo do dia, porém, depende de dados dos Estados Unidos. Às 10h13, o Ibovespa caía 1,05%, aos 61.004 pontos - testando o nível de 61 mil pontos.

No horário acima, em Nova York, o futuro do S&P 500 caía 0,41%. Na Europa, a Bolsa de Paris perdia 0,94% e a de Frankfurt, 0,55%.

Segundo a equipe de analistas da Um Investimentos, os dados econômicos negativos, incluindo do Japão (déficit da balança comercial), renovam as incertezas sobre o crescimento global. "Os investidores estão preocupados com a recuperação econômica do Japão e com a desaceleração na China", dizem. Um operador de renda variável, que preferiu não se identificar, lembra o peso das commodities na Bolsa brasileira e na pauta de importações chinesa. "A desaceleração da China é ruim para nós", afirma.

Na China, foi divulgado que o Índice de Gerentes de Compras (PMI) preliminar, medido pelo HSBC, passou de 47,6 na leitura final de agosto para 47,8 em setembro. Porém, seguiu abaixo da marca de 50, mostrando contração da atividade pelo 11º mês consecutivo.

Já na zona do euro, o PMI composto caiu a 45,9 neste mês, de 46,3 no mês passado, sinalizando que a atividade do setor privado dos 17 países do bloco teve contração pela 12ª vez nos últimos 13 meses e desta vez ela foi a maior desde junho de 2009.

Nos EUA, o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 3 mil na semana encerrada em 15 de setembro, para 382 mil, após ajustes sazonais. A queda foi menor que o declínio de 9 mil solicitações esperado e os dados da semana anterior foram revisados em alta, para 385 mil, da leitura original de 382 mil.

O índice dos gerentes de compra do setor de manufatura americano, por sua vez, permaneceu inalterado em 51,5 em setembro, a mesma leitura de agosto, segundo dados preliminares da Markit. O resultado continua perto da mínima em três anos e meio registrada em junho. Ainda hoje, às 11h, saem o índice regional de atividade na Filadélfia e o índice de indicadores antecedentes americano de agosto.

Internamente, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) acelerou para 0,48% em setembro, de 0,39% em agosto, ficando ligeiramente acima das previsões dos analistas ouvidos pela Agência Estado (0,46%).

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