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Bovespa avança, perde fôlego no fim e sobe só 0,32%

A Bovespa acompanhou o otimismo externo, mas subiu bem menos que suas pares internacionais

Depois de subir 2,32% na máxima pontuação do dia, aos 54.992 pontos, o Ibovespa perdeu fôlego e encerrou com variação positiva de apenas 0,32% (Marcel Salim/EXAME.com)

Depois de subir 2,32% na máxima pontuação do dia, aos 54.992 pontos, o Ibovespa perdeu fôlego e encerrou com variação positiva de apenas 0,32% (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2011 às 18h09.

São Paulo - Na falta de algo melhor, os investidores têm se apegado à esperança de uma solução para a crise da zona do euro, e da Grécia em particular, para voltar às boas com o mercado financeiro. Essa chama de otimismo foi o que fez, pelo segundo dia seguido, as bolsas de valores exibirem ganhos robustos.

A Bovespa acompanhou o desempenho externo, mas, mais uma vez, subiu bem menos que suas pares internacionais. Setor financeiro e Vale se destacaram entre as altas. Depois de subir 2,32% na máxima pontuação do dia, aos 54.992 pontos, o Ibovespa perdeu fôlego e encerrou com variação positiva de apenas 0,32%, aos 53.920,36 pontos. Na mínima, registrou 53.751 pontos (+0,01%). No mês, tem perda de 4,56% e, no ano, de 22,20%.

Os profissionais avaliam que as razões que têm puxado compras são frágeis e, no Brasil, ainda há o temor com a inflação, daí o ritmo mais lento da Bolsa doméstica em relação ao mercado externo. O investidor está ressabiado em aplicar em ações, tanto que o giro financeiro tem sido fraco e tem havido uma movimentação de carteiras. Ontem, por exemplo, Vale caiu e Petrobras subiu. Hoje, o movimento foi contrário e pode ter ocorrido essa troca de papéis, segundo um operador do mercado financeiro.

Vale ON subiu 1,12% e PNA, 0,79%. Petrobras ON caiu 1,15% e PN, 1,16%. Na Nymex, o contrato do petróleo para novembro avançou 5,25%, a US$ 84,45 o barril. Hoje, o governo publicou decreto reduzindo as alíquotas da Cide incidente sobre a importação e comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível.

No exterior, as bolsas subiram na expectativa da solução da crise europeia, depois que a CNBC divulgou ontem notícia informando sobre um plano detalhado, já em estágio avançado, para expandir a capacidade da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF). A notícia foi desmentida por várias fontes hoje, mas o mercado deu de ombros. Uma solução para a Grécia também correu nas mesas. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, se reuniram e disseram após o encontro que estão comprometidos em cumprir as propostas da troica para estabilizar a economia grega e resolver a crise da dívida do país.


Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 subiu 5,74%. O DAX 30, da Bolsa de Frankfurt, subiu 5,29%. Em Londres, o índice FTSE 100 subiu 4,02%. O índice FTSE MIB da Bolsa de Milão ganhou 4,90%. Na Bolsa de Madri, o Ibex 35 avançou 4,03%, Em Lisboa, o índice PSI 20 fechou em 2,99%, em 5.922,72 pontos. Nos Estados Unidos, o Dow Jones subiu 1,33%, aos 11.190,69 pontos, o S&P avançou 1,07%, aos 1.175,38 pontos, e o Nasdaq ganhou 1,20%, aos 2.546,83 pontos.

De volta ao Brasil, Itaú Unibanco PNJ (+4,14%) e Itaúsa PN (+4,03%) lideraram as altas do Ibovespa, seguidas por CCR ON (+3,77%). Ainda no setor financeiro, Bradesco PN teve elevação de 1,83%, BB ON, +2,15%, e Santander Unit, +1,90%.

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