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Bovespa acompanha exterior e abre em queda

Os investidores devem seguir na defensiva, atentos ao pronunciamento das agências de classificação de risco sobre os ratings dos 27 países da UE

Para a Bovespa, a queda dos preços das commodities agrava a perspectiva de perdas para o dia e a proximidade do vencimento de índice futuro adiciona volatilidade (Germano Lüders/EXAME)

Para a Bovespa, a queda dos preços das commodities agrava a perspectiva de perdas para o dia e a proximidade do vencimento de índice futuro adiciona volatilidade (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 10h23.

São Paulo - O alívio dos mercados financeiros com a reunião de líderes europeus foi passageiro e a semana começa com as "velhas novas" medidas na Europa assolando os negócios pelo mundo. Para a Bovespa, a queda dos preços das commodities agrava a perspectiva de perdas para o dia e a proximidade do vencimento de índice futuro adiciona volatilidade. Às 11h04, o Ibovespa recuava 0,34%, aos 58.036,51 pontos. Os investidores devem seguir na defensiva, atentos ao pronunciamento das agências de classificação de risco sobre os ratings dos 27 países da União Europeia.

O estrategista de renda variável de uma corretora paulista lembra que os recentes dias de alta da Bolsa foram apoiados nos ganhos das ações de maior peso e de setores com participação mais relevante no Ibovespa, o que facilita uma desmontagem rápida dessas posições. "Caso ocorra alguma notícia adversa, fica mais fácil se desfazer desses papéis", comenta, alertando que esse pode ser o prognóstico do dia.

O fim de semana trouxe poucas novidades no front econômico, após o desfecho da cúpula da UE na última sexta-feira. Apesar dos esforços dos países do bloco de caminharem rumo a uma integração fiscal - e não apenas uma união monetária - permanecem as dúvidas quanto aos obstáculos que podem surgir nesse percalço e à inabilidade das linhas especiais de crédito europeias bem como do próprio Banco Central Europeu (BCE) para lidar com a crise das dívidas soberanas no curto prazo.

Além disso, os persistentes alertas das agências de classificação de risco

azedam ainda mais o apetite dos investidores. Após a Standard & Poor's afirmar que continua provável o risco de um rebaixamento (downgrade) em série na Europa, a Moody's disse hoje que a ausência de medidas políticas decisivas mantém em uma fase crítica a situação no Velho Continente.

Na Bolsa, a pressão pode ser ainda maior por causa das perdas aceleradas das commodities, que vêm sofrendo com indícios de desaceleração da economia chinesa e com o fortalecimento do dólar ante o euro. Na quarta-feira acontece o vencimento do contrato de dezembro do Ibovespa futuro e o exercício de opções sobre o Ibovespa, o que pode aguçar o sobe-e-desce do pregão.

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