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Bovespa abre em queda atenta aos EUA, dólar e Selic

O efeito temporário das medidas aprovadas entre republicanos e democratas mantém os investidores cautelosos

Prédio da Bovespa, em São Paulo: por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,34%, aos 55.783,87 pontos (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 10h36.

São Paulo - O "acordo-tampão" acertado na virada do dia no Congresso dos Estados Unidos para a questão fiscal do país, e já sancionado pelo presidente norte-americano, Barack Obama, não anima os mercados financeiros na manhã desta quinta-feira, 17, uma vez que o efeito das medidas aprovadas entre republicanos e democratas é temporário.

Com isso, a Bovespa repete o tom de cautela que prevalece nos mercados internacionais. Além disso, os indícios de que o Banco Central deve manter o curso do atual ciclo de aperto monetário, reavaliando a atuação no mercado cambial doméstico, tendem a reduzir o apetite pelas ações brasileiras. Por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,34%, aos 55.783,87 pontos.

Em cima da hora, o Congresso norte-americano aprovou a extensão do teto da dívida dos EUA até 7 de fevereiro de 2014 e a reabertura da administração Obama até 15 de janeiro, deixando para dezembro deste ano uma retomada das negociações sobre o Orçamento federal. Apesar de a solução temporária encerrar um impasse de 16 dias, que aproximou o país de um calote da dívida, os mercados financeiros continuam sendo afetados pela questão fiscal nos EUA.

"O alívio acertado é só por dois meses", observa o economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeiro. Para ele, após anteciparem com um forte rali um acordo bipartidário no Senado e na Câmara, os mercados não mostram força para dar continuidade ao movimento. Agora, segundo o economista da Órama, as atenções retornam para a perspectiva de retirada dos estímulos monetários pelo Federal Reserve.

Bandeira também afirma que a Bolsa brasileira deve ser influenciada pelos sinais de condução da política do Banco Central, tanto na área cambial quanto na monetária. Ontem, por exemplo, os negócios com dólar ante o real mostraram certo nervosismo nas negociações diante da demora do BC brasileiro em anunciar a divulgação do leilão de swap cambial. A operação foi confirmada para hoje apenas depois das 20 horas de ontem, dando sinais de que a estratégia da autoridade monetária parecia estar sendo rediscutida.

Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou, na ata da reunião de outubro, divulgada nesta manhã, que é apropriada a continuidade do ritmo de ajuste monetário já em curso. Apesar de ter retirado a palavra "piora" ao falar da percepção dos agentes financeiros sobre a dinâmica da inflação, o Copom ressaltou que o comportamento dos preços ainda mostra resistência.

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Com isso, a Bovespa repete o tom de cautela que prevalece nos mercados internacionais. Além disso, os indícios de que o Banco Central deve manter o curso do atual ciclo de aperto monetário, reavaliando a atuação no mercado cambial doméstico, tendem a reduzir o apetite pelas ações brasileiras. Por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,34%, aos 55.783,87 pontos.

Em cima da hora, o Congresso norte-americano aprovou a extensão do teto da dívida dos EUA até 7 de fevereiro de 2014 e a reabertura da administração Obama até 15 de janeiro, deixando para dezembro deste ano uma retomada das negociações sobre o Orçamento federal. Apesar de a solução temporária encerrar um impasse de 16 dias, que aproximou o país de um calote da dívida, os mercados financeiros continuam sendo afetados pela questão fiscal nos EUA.

"O alívio acertado é só por dois meses", observa o economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeiro. Para ele, após anteciparem com um forte rali um acordo bipartidário no Senado e na Câmara, os mercados não mostram força para dar continuidade ao movimento. Agora, segundo o economista da Órama, as atenções retornam para a perspectiva de retirada dos estímulos monetários pelo Federal Reserve.

Bandeira também afirma que a Bolsa brasileira deve ser influenciada pelos sinais de condução da política do Banco Central, tanto na área cambial quanto na monetária. Ontem, por exemplo, os negócios com dólar ante o real mostraram certo nervosismo nas negociações diante da demora do BC brasileiro em anunciar a divulgação do leilão de swap cambial. A operação foi confirmada para hoje apenas depois das 20 horas de ontem, dando sinais de que a estratégia da autoridade monetária parecia estar sendo rediscutida.

Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou, na ata da reunião de outubro, divulgada nesta manhã, que é apropriada a continuidade do ritmo de ajuste monetário já em curso. Apesar de ter retirado a palavra "piora" ao falar da percepção dos agentes financeiros sobre a dinâmica da inflação, o Copom ressaltou que o comportamento dos preços ainda mostra resistência.

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