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Bovespa abre em baixa sob influência do exterior

Por Olívia Bulla São Paulo - Nem mesmo a queda dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos para o menor nível em dois meses foi capaz de inverter o sinal negativo em Nova York, o que dita o rumo da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) na manhã de hoje. Receosos com a recuperação […]

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2010 às 07h32.

Por Olívia Bulla

São Paulo - Nem mesmo a queda dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos para o menor nível em dois meses foi capaz de inverter o sinal negativo em Nova York, o que dita o rumo da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) na manhã de hoje. Receosos com a recuperação econômica norte-americana, os números da conta corrente do país e da inflação no atacado trouxeram poucas novidades. No Brasil, a Petrobras segue puxando para baixo a Bolsa. Às 10h28 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 0,33%, para 67.884 pontos.

Hoje, o governo dos EUA informou que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 3 mil, para 450 mil, após ajustes sazonais, na semana até 11 de setembro. Este é o menor nível em dois meses. A previsão era de crescimento de 9 mil pedidos. Já o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) do país subiu 0,4% em agosto, pelo segundo mês seguido, puxado pelos custos da energia. Já o déficit da conta corrente dos EUA subiu para US$ 123,3 bilhões no segundo trimestre, ante expectativa de saldo negativo de US$ 123,5 bilhões. Os dados anunciados não retiraram os índices futuros de Nova York do vermelho.

Hoje a Bolsa também monitora eventuais sinais sobre o interesse dos investidores na capitalização da Petrobras. Segundo reportagens publicadas na imprensa, o investidor estrangeiro está frustrado com a estrutura da megaoferta e preocupado com a operação e o projeto de exploração de petróleo no pré-sal. A oferta traz, de acordo com os jornais, uma combinação de temores sobre o aumento da participação do governo no capital da empresa e os riscos de um custo operacional elevado.

Termina hoje o período de reserva da oferta prioritária da Petrobras, na qual serão distribuídas até 80% da quantidade inicial de ações. Os Fundos Mútuos de Privatização (FMP) também têm até hoje para aderir à oferta. Até a semana que vem, segue o prazo de coleta de intenções de investimentos das ofertas de varejo para pessoas não vinculadas e dos fundos FIA-Petrobras. Para especialistas, a pressão de baixa sobre as ações da estatal deve continuar, com investidores buscando uma redução no preço no âmbito da oferta pública. A operação é estimada em US$ 75 bilhões, dos quais US$ 32 bilhões devem ficar com os acionistas minoritários.

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