Mercados

Bovespa abre em baixa com ajustes após feriado e Ibope

Estatais e elétricas oscilam depois de divulgação de pesquisa eleitoral que mostrou avanço de 1% nas intenções de voto da presidente


	Gráfico em queda: Sinal positivo nos índices futuros das bolsas de Nova York tende a limitar queda da Bovespa
 (247wallst.com/Divulgação)

Gráfico em queda: Sinal positivo nos índices futuros das bolsas de Nova York tende a limitar queda da Bovespa (247wallst.com/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2014 às 10h50.

São Paulo - A Bovespa abriu a sessão desta sexta-feira, 20, fazendo ajustes após o feriado de quinta-feira, 11, no Brasil.

A primeira pesquisa eleitoral feita após o início da Copa do Mundo movimenta as ações de empresas estatais e elétricas, porém o sinal positivo observado nos índices futuros das bolsas de Nova York tende a limitar a correção para baixo do mercado acionário brasileiro.

A agenda econômica vazia tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos tende a encurtar ainda mais a liquidez baixa já esperada para o dia, com forças para potencializar os movimentos dos investidores. Por volta das 10h10, o Ibovespa caía 0,67%, aos 54.833,36 pontos, na mínima do dia.

A pesquisa Ibope divulgada ontem apontou um quadro estável na corrida eleitoral.

Alvo de xingamentos no jogo de estreia da Seleção Brasileira, a presidente Dilma Rousseff (PT) oscilou um ponto porcentual para cima em relação ao levantamento anterior e tem 39% das intenções de voto, contra 21% para Aécio Neves (PSDB), que oscilou um ponto porcentual para baixo. Eduardo Campos (PSB), por sua vez, caiu de 13% para 10%.

Esse levantamento agita a performance das ações de empresas estatais e elétricas, que tiveram um rali na última sessão, na quarta-feira, 18, antecipando o resultado da nova pesquisa eleitoral, com a expectativa (não confirmada) de queda do PT nas intenções de voto.

Desses papéis, Petrobras e Eletrobrás já têm fortes ajustes a serem feitos, diante da queda de 1,5% e de 2,6%, respectivamente, dos recibos de depósito de ações (ADRs) na sessão de ontem, em Nova York.

Já os ADRs da Vale tiveram uma queda mais contida, de -0,4%. Porém, pode pesar na performance do papel o rebaixamento na recomendação do Itaú BBA para as ações da mineradora, de "outperform" (desempenho acima da média do mercado) para "market perform" (em linha com o mercado).

A instituição também cortou o preço-alvo para as ADRs da Vale, de US$ 16,00 para US$ 14,00. Para a corretora, devem faltar gatilhos no curto prazo para o papel devido aos preços mais baixos do que o esperado do minério de ferro.

A depender da pressão vendedora nesses papéis de maior peso, a Bolsa brasileira deve zerar os ganhos acumulados na semana. "A Bolsa larga na abertura fazendo uma correção para baixo com a arbitragem entre os ADRs e as ações domésticas. Depois, vai depender da força dos mercados na matriz", avalia um operador.

Hoje, contudo, o único indicador previsto para o dia é o índice de confiança do consumidor na zona do euro em junho, às 11 horas. No horário acima, em Wall Street, o futuro do S&P 500 subia 0,24% e o futuro do Dow Jones avançava 0,18%. Por lá, a sinalização do Fed de que os juros básicos norte-americanos continuarão baixos após um "tempo considerável" do fim do programa de recompra de bônus é contrabalançada pela movimentação de forças insurgentes no Iraque.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Novo CEO da Vale, IPCA-15 e Haddad: o que move o mercado

Ex-CEO da Warner Music desiste de comprar Paramount

Super ou Micro? Empresa de IA que subiu mais que Nvidia enfrenta seu teste de estresse

Mercado aguarda balanço da Nvidia para guiar expectativas sobre IA

Mais na Exame