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Bovespa abre em alta de 0,85% e busca recuperação

Por Olívia Bulla São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo deve respirar aliviada nesta terça-feira, com a alta das commodities no exterior abrindo espaço para um repique dos negócios locais, após um novo descolamento, para baixo, ante as bolsas norte-americanas ontem. A taxa de inflação pelo IPCA-15 em dezembro inferior à esperada […]

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2010 às 10h12.

Por Olívia Bulla

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo deve respirar aliviada nesta terça-feira, com a alta das commodities no exterior abrindo espaço para um repique dos negócios locais, após um novo descolamento, para baixo, ante as bolsas norte-americanas ontem. A taxa de inflação pelo IPCA-15 em dezembro inferior à esperada pelo mercado também pode renovar o fôlego de alta das ações ligadas à demanda interna, proporcionando, inclusive, ganhos mais expressivos na sessão doméstica que os apurados nos mercados internacionais. Às 11h09, logo após a abertura do pregão, o índice Bovespa operava em alta de 0,85% a 67.833 pontos.

"A Bolsa tem espaço para subir hoje, pelo menos pelo lado das commodities", avalia o analista do Modal Asset, Eduardo Roche. Para ele, o IPCA-15 deste mês, que se desacelerou para 0,69%, ante alta de 0,86% em novembro, ficando abaixo do piso do intervalo das previsões do mercado financeiro (0,70% a 0,84%), ainda é insuficiente para apaziguar a apreensão quanto a um novo ciclo de alta de juros no País em 2011. "Mas também pode não atrapalhar tanto", acrescenta. Mesmo assim, ele avalia que o pregão de hoje deve ser mais morno, com um volume financeiro fraco, e muitos investidores deixando, aos poucos, suas posições e se preparando para a virada de ano.

Analistas lembram que desde novembro a Bolsa vem apresentando um comportamento desarmônico ante o apresentado pelos mercados financeiros internacionais, com os investidores adotando uma dinâmica própria aos negócios locais. Siderurgia e Petrobras vivem uma fase de recuperação e Vale segue robusta, enquanto papéis de bancos e de consumo estão mais pressionados. "Diante dessas forças antagônicas, o Ibovespa mostra-se fraco e deve fechar 2010 praticamente no zero a zero", comenta o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista.

Mas hoje o sinal positivo exibido no exterior deve ser acompanhado pela Bolsa, principalmente por causa do rali vivido pelas commodities. O enfraquecimento do dólar ante o euro, após declarações de apoio vindas da China, e as apostas de uma recuperação mais contundente da economia dos EUA no ano que vem sustentam uma continuidade dos ganhos do petróleo e dos metais básicos nesta manhã, colocando no azul as bolsas europeias e os índices futuros de Nova York. A agenda econômica do dia prevê apenas a divulgação do relatório semanal do API sobre os estoques de petróleo nos EUA.

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