São Paulo - A Bovespa deve seguir na cola dos mercados internacionais nesta quinta-feira, tirando proveito do otimismo que prevalece entre os investidores de que haverá algum desfecho favorável ao final da reunião do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com líderes republicanos.

Internamente, as ações de bancos, varejistas e construtoras devem reagir a mais um aumento na taxa básica de juros (Selic). Às 10h05, o Ibovespa subia 0,46%, aos 52.788,15 pontos.

Novos desdobramentos no Congresso norte-americano em direção a uma solução entre republicanos e democratas, com a participação da Casa Branca nas negociações, embalam os índices futuros das Bolsas de Nova York e as principais bolsas europeias.

Hoje, o presidente Obama se encontra com um grupo de 18 republicanos, incluindo o presidente da Câmara, John Boehner, e o líder da bancada, Eric Cantor, a fim de destravar as questões que têm impedido a aprovação do orçamento federal e a elevação do teto da dívida dos EUA.

No horário acima, em Wall Street, o futuro do S&P 500 subia 1,17%, já reagindo à alta bem acima da esperada nos pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos EUA, para 374 mil ante previsão de 312 mil solicitações.

---

Segundo o Departamento do Trabalho norte-americano, cerca da metade do aumento ocorrido foi em razão de problemas técnicos anteriores, no Estado da Califórnia, e outra parte também foi influenciada pela paralisação parcial do governo dos EUA.

No Brasil, o mercado acionário deve ser influenciado pela decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar o juro básico em outros 0,50 ponto porcentual, para 9,50%, no quinto aumento consecutivo da taxa Selic.

No comunicado que seguiu à decisão, o Comitê avaliou "que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano".

Atenção também nas ações do Pão de Açúcar, que anunciou crescimento de 15,8% no desempenho das vendas no terceiro trimestre deste ano, para R$ 14,077 bilhões, em relação a igual período do ano passado.

Destaque ainda para as ações da TIM, após a Telecom Italia negar que pretenda vender sua participação na operadora móvel brasileira. OGX, por sua vez, deve continuar no radar, com as informações de que as negociações com credores da petroleira para a reestruturação da dívida, que ocorrem esta semana em Nova York, não estão avançando.