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Bovespa abre contaminada por perdas de bolsas da Ásia

Contudo, o sinal positivo exibido pelos índices futuros das Bolsas de Nova York também tende a influenciar os negócios locais

Bovespa: às 10h05, o Ibovespa caía 0,94%, aos 51.091,44 pontos, na mínim (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2013 às 10h34.

São Paulo - As fortes perdas dos mercados emergentes durante a sessão asiática nesta terça-feira, 20, arrastam as principais bolsas europeias e contaminam o desempenho da Bovespa hoje. Contudo, o sinal positivo exibido pelos índices futuros das Bolsas de Nova York também tende a influenciar os negócios locais e podem servir de contrapeso.

Ainda assim, a sequência de novas altas consecutivas do mercado acionário doméstico abre espaço para um realização de lucros. Às 10h05, o Ibovespa caía 0,94%, aos 51.091,44 pontos, na mínima.

O gerente da mesa de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus, avalia, em relatório, que o cenário global continua muito ruim, com as bolsas internacionais exibindo perdas diante do receio sobre o fim dos estímulos monetários pelo Federal Reserve.

Na Ásia, as bolsas tiveram perdas aceleradas, assim como as moedas, com destaque para os emergentes como Índia, Tailândia e Malásia. Já na Europa, o tombo era maior nas praças de Lisboa (-1,67%), Madri (-2,24%) e Milão (-1,60%).

Em Wall Street, por sua vez, o futuro do S&P 500 migrou para o azul e, no horário acima, subia 0,13%, na véspera da divulgação da ata da reunião de julho do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) e já reagindo à melhora do índice nacional de atividade em Chicago, que subiu a -0,15 no mês passado - o único dado econômico previsto para o dia nos Estados Unidos.

Internamente, a questão cambial continua influenciando a Bolsa. "O governo vem insistentemente oferecendo leilões de swap e de linhas para tentar conter a alta do dólar, o que tem aumentado o nervosismo e a volatilidade", comenta Lukaisus.

Entre as ações, as exportadoras têm se beneficiado da recente escalada a moeda norte-americana, mas a pressão de alta na taxa doméstica de câmbio pode trazer desconforto, principalmente entre os investidores estrangeiros.

Um operador da mesa de renda variável lembra que são os recentes aportes de capital externo que tem alimentado os ganhos da Bolsa brasileira, em um movimento acompanhado da inversão da aposta dos "gringos" no mercado futuro, de vendidos para comprados no derivativo de Ibovespa, e de elevado custos no mercado de aluguel de ações. "Nove dia de alta é um movimento, ainda que haja distorções técnicas", pondera o profissional.

Ainda assim, ele lembra que a última vez que a Bolsa brasileira teve uma sequência de alta tão intensa foi em julho de 2010 - quando subiu por 11 vez consecutivas, desde o dia 19 de julho daquele ano. "Então, cabe uma realização", completa.

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São Paulo - As fortes perdas dos mercados emergentes durante a sessão asiática nesta terça-feira, 20, arrastam as principais bolsas europeias e contaminam o desempenho da Bovespa hoje. Contudo, o sinal positivo exibido pelos índices futuros das Bolsas de Nova York também tende a influenciar os negócios locais e podem servir de contrapeso.

Ainda assim, a sequência de novas altas consecutivas do mercado acionário doméstico abre espaço para um realização de lucros. Às 10h05, o Ibovespa caía 0,94%, aos 51.091,44 pontos, na mínima.

O gerente da mesa de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus, avalia, em relatório, que o cenário global continua muito ruim, com as bolsas internacionais exibindo perdas diante do receio sobre o fim dos estímulos monetários pelo Federal Reserve.

Na Ásia, as bolsas tiveram perdas aceleradas, assim como as moedas, com destaque para os emergentes como Índia, Tailândia e Malásia. Já na Europa, o tombo era maior nas praças de Lisboa (-1,67%), Madri (-2,24%) e Milão (-1,60%).

Em Wall Street, por sua vez, o futuro do S&P 500 migrou para o azul e, no horário acima, subia 0,13%, na véspera da divulgação da ata da reunião de julho do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) e já reagindo à melhora do índice nacional de atividade em Chicago, que subiu a -0,15 no mês passado - o único dado econômico previsto para o dia nos Estados Unidos.

Internamente, a questão cambial continua influenciando a Bolsa. "O governo vem insistentemente oferecendo leilões de swap e de linhas para tentar conter a alta do dólar, o que tem aumentado o nervosismo e a volatilidade", comenta Lukaisus.

Entre as ações, as exportadoras têm se beneficiado da recente escalada a moeda norte-americana, mas a pressão de alta na taxa doméstica de câmbio pode trazer desconforto, principalmente entre os investidores estrangeiros.

Um operador da mesa de renda variável lembra que são os recentes aportes de capital externo que tem alimentado os ganhos da Bolsa brasileira, em um movimento acompanhado da inversão da aposta dos "gringos" no mercado futuro, de vendidos para comprados no derivativo de Ibovespa, e de elevado custos no mercado de aluguel de ações. "Nove dia de alta é um movimento, ainda que haja distorções técnicas", pondera o profissional.

Ainda assim, ele lembra que a última vez que a Bolsa brasileira teve uma sequência de alta tão intensa foi em julho de 2010 - quando subiu por 11 vez consecutivas, desde o dia 19 de julho daquele ano. "Então, cabe uma realização", completa.

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