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Bovespa abre em alta com força do minério de ferro

São Paulo - Num dia de poucos indicadores econômicos, a alta recorde do preço do minério de ferro no mercado à vista (spot) na China pode conduzir a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que abriu em alta, aos 72 mil pontos, atraindo novamente fluxo estrangeiro para as ações da Vale e das siderúrgicas […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - Num dia de poucos indicadores econômicos, a alta recorde do preço do minério de ferro no mercado à vista (spot) na China pode conduzir a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que abriu em alta, aos 72 mil pontos, atraindo novamente fluxo estrangeiro para as ações da Vale e das siderúrgicas brasileiras. O preço do minério atingiu US$ 166,20 por tonelada no mercado chinês, maior nível desde que começou essa série de preços, em 21 de novembro de 2008. Assim, às 10h10, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,08%, aos 71.844 pontos.

"O minério no mercado spot está US$ 66 acima do reajuste de cerca de 90% negociado pela Vale com siderúrgicas japonesas. Ou seja, daqui a dois meses, a Vale será novamente beneficiada por um reajuste forte de preços", afirma o gestor gerente da Infinity Asset, George Sanders. De um dia para outro, diz ele, o preço do minério subiu 3% na China. "Uma notícia dessas ajuda não só a Vale, mas também a Usiminas, que pretende fazer IPO (abertura de capital) do setor de mineração, e a CSN, que quer fazer IPO da mina Casa de Pedra. O momento é muito favorável ao setor", afirma.

Assim, essa boa notícia vinda do mercado de commodities se junta ao aquecimento da economia chinesa e à recuperação da atividade nos Estados Unidos, que ficou evidenciada ontem pelos dados bons de vendas das varejistas em março. Hoje, os metais básicos são negociados em alta em Londres no embalo da recuperação do euro, mas os volumes de negociação baixos indicam que não há apetite suficiente para puxar as cotações no curto prazo.

Analistas na Bovespa alertam para a movimentação em torno do vencimento de índice futuro de ações na semana que vem, dia 14, e o de opções no dia 19, que costumam aumentar a volatilidade nos negócios. Em Nova York, os índices futuros de ações sobem ao redor de 0,20% ainda influenciados pelo o crescimento do consumo nos EUA e também pela perspectiva de uma boa safra de resultados corporativos. A temporada de balanços nos EUA começa na próxima segunda-feira, quando a Alcoa anuncia seus números. A percepção de que o problema da Grécia será resolvido ajuda a manter o clima positivo. O mercado aguarda agora os detalhes do pacote de ajuda financeira à Grécia elaborado pela União Europeia, com participação do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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