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Bolsonaro tenta acalmar o mercado e fala da autonomia do BC

Após interferência na Petrobras levantar dúvidas sobre a agenda liberal do governo presidente publica foto com ministro Paulo Guedes e chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (Ueslei Marcelino/Reuters)

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 22 de fevereiro de 2021 às 13h10.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2021 às 13h20.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 22, que irá sancionar a independência do Banco Central daqui a dois dias. O anúncio foi feito em publicação no Facebook em que ele aparece em uma foto com o ministro Paulo Guedes e o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.

A declaração ocorre pouco após as ações da Petrobras (PETR3/PETR4) caírem mais de 20% como resposta à demissão do então presidente da estatal Roberto Castello branco e indicação do general Joaquim Silva e Luna para o cargo. Na última semana, Castello Branco e Bolsonaro se desentenderam devido ao aumento de preço de combustíveis.

No fim de semana, Bolsonaro ainda deu sinais de que pode interferir em outras estatais, citando que precisa "trocar as peças, que porventura, não estejam dando certo" e que nesta semana "tem mais". Além das Petrobras, as do Banco do Brasil (BBSA3) e da Eletrobras (ELET3/ELET6) também sofrem perdas significativas, de mais de 10%.

A recente postura do presidente tem feito investidores se perguntarem até que ponto ele estaria disposto a seguir com a agenda liberal que pregou em sua candidatura. O silêncio do ministro Paulo Guedes, contrário a qualquer interferência política em estatais, também vem preocupando o mercado, que já especula sua possível saída.

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