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Bolsas de NY abrem sem direção definida

Nova York - Depois de o mercado norte-americano viver ontem um dos dias mais conturbados da história, as Bolsas de Nova York abriram o dia sem direção definida, após a divulgação do número de vagas de empregos criadas em abril no país. As previsões pessimistas sobre o futuro da Grécia, de outros países da Europa […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Nova York - Depois de o mercado norte-americano viver ontem um dos dias mais conturbados da história, as Bolsas de Nova York abriram o dia sem direção definida, após a divulgação do número de vagas de empregos criadas em abril no país. As previsões pessimistas sobre o futuro da Grécia, de outros países da Europa e do próprio euro continuam influenciando os negócios. Às 10h48 (de Brasília), o índice Dow Jones avançava 0,07%, o Nasdaq recuava 0,05% e o S&P 500 registrava alta de 0,08%.

Em abril, foram criadas no país 290 mil novas vagas de trabalho, o maior aumento desde março de 2006 e 110 mil vagas acima do que era esperado. O dado de abril dá sequência à melhora de março, quando foram criadas 230 mil vagas (dado revisado). Isso não significa, porém, que o mercado de trabalho dos Estados Unidos esteja curado. Ele continua fraco, uma vez que a taxa de desemprego resiste em ceder. Na verdade, ela subiu para 9,9% em abril, de 9,7% em março. No cenário geral, a realidade continua sendo a de uma economia que perdeu pelo menos 8,5 milhões de empregos em dois anos.

Ontem, as Bolsas de Nova York fecharam com um tombo de mais de 3%, depois de despencarem ao redor de 9%. O empurrão mais forte teria sido dado por um possível erro humano em uma operação nos contratos futuros do S&P 500 no período da tarde. As operações feitas das 15h40 às 16 horas (de Brasília) vão ser canceladas e não caberão recursos. Em entrevista à rede de TV CNBC, o investidor Jim Rogers disse que o caso deve ser investigado e soluções encontradas rapidamente para que as Bolsas de Nova York mantenham sua reputação. "Eles clamam ser o centro do capitalismo do mundo, dos mercados financeiros, e você até imagina que eles podem lidar com coisas simples, como questões eletrônicas", ironizou.

Mas o medo dos investidores continua sendo o mesmo: a Grécia. No país, o cenário é cada vez mais trágico, mesmo depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia terem acertado uma ajuda de 110 bilhões de euros no último domingo. Isso porque o socorro está atrelado a um rigoroso pacote de austeridade fiscal nos próximos anos, que poucos acreditam que o governo grego será capaz de fazer.

O economista e Prêmio Nobel Paul Krugman acha que a possibilidade de inadimplência grega é até otimista. "Estou cada vez mais convencido de que o país será também obrigado a abandonar o euro", disse Krugman no último artigo de seu blog. O FMI acha que o temor de default é "exagerado". Na Europa, as bolsas operam em queda pressionadas pelo medo de que os problemas da Grécia se espalhem pela região. Na Ásia, os mercados acabaram a semana no vermelho.

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