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Bolsas e moedas emergentes sobem com apetite por risco após CPI

O Índice MSCI de mercados emergentes teve o maior avanço desde 6 de novembro

Inflação nos EUA: o Índice MSCI de mercados emergentes teve o maior avanço desde 6 de novembro (MAURICIO LIMA/AFP/Getty Images)
Bloomberg

Agência de notícias

Publicado em 14 de novembro de 2023 às 13h55.

Última atualização em 14 de novembro de 2023 às 14h07.

As ações e as moedas de mercados emergentes subiram após dados brandos de inflação nos Estados Unidos que aliviam a pressão sobre o Federal Reserve (Fed, banco central americano) e aumentam o apetite por ativos de risco.

O Índice MSCI de Mercados Emergentes teve o maior avanço desde 6 de novembro, com operadores do mercado de swaps de juros nos EUA agora apostando em corte da taxa básica já em junho de 2024. A alta das ações da Vale foi uma das maiores contribuições aos ganhos do indicador.

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O peso chileno liderou a apreciação entre as divisas dos países em desenvolvimento. No Brasil, a queda do dólar se ampliou para até 1,2%.

Os ativos dos mercados emergentes caminham para seu melhor mês desde julho, diante de apostas crescentes de que a onda de aperto monetário dos principais bancos centrais chegou ao fim. Os investidores agora se concentram em prever o início da flexibilização monetária nos EUA e outros países desenvolvidos.

CPI mais fraco

“O CPI mais fraco do que o esperado provavelmente consolidará as expectativas do mercado de que o próximo movimento do Fed será um corte, o que deve estimular a demanda por ativos de risco”, disse Piotr Matys, analista da InTouch Capital Markets, em Londres. “No entanto, até que o Fed mude significativamente sua retórica e exclua a possibilidade de um aumento de juros e admita que pode ter um debate sério sobre quando o ciclo de flexibilização poderá começar, ainda poderá ser cedo demais para antecipar fluxos sustentados de capital para ações e títulos de mercados emergentes.”

O relatório de CPI, como é conhecido o índice de preços ao consumidor americano, levou a um tombo das taxas dos Treasuries americanos. Isso pode estimular o carry trade, que consiste em tomar recursos em países com taxas baixas para lucrar com ativos mais rentáveis de países como o Brasil.

“O dado de CPI deve funcionar como sinal verde para o carry trade”, disse Brad Bechtel, chefe global de câmbio do Jefferies, em Nova York. “O peso mexicano é o melhor para mim e também acho o peso colombiano ainda atraente.”

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