Bolsas de NY revertem perto do fim da sessão e caem
Índice recuaram após John Kerry acusar a Síria sobre uso de armas químicas, indicando um possível ataque
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2013 às 18h39.
Nova York - As Bolsas de Nova York fecharam em queda nesta segunda-feira, 26, migrando para o terreno negativo nos últimos minutos da sessão após passarem o dia no azul. Os índices haviam recebido impulso do alívio das preocupações com a diminuição de estímulos do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) após um dado pior que o esperado dos Estados Unidos, mas reverteram a direção após o discurso do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, indicar que o país se prepara para atacar a Síria.
O índice Dow Jones caiu 64,05 pontos (0,43%) e encerrou aos 14.946,46 pontos. O S&P 500 recuou 6,72 pontos (0,40%), para 1.656,78 pontos. O Nasdaq perdeu 0,22 ponto (0,01%) e terminou aos 3.657,57 pontos.
Os investidores parecem estar mais nervosos com a situação na Síria. As Bolsas atingiram as mínimas pouco antes do fechamento, após comentários de Kerry, que disse que o uso de armas químicas pelo governo sírio contra civis é uma "obscenidade moral". O discurso foi interpretado como o indício mais claro até agora de que o governo do presidente Barack Obama está preparando um ataque ao regime do presidente da Síria, Bashar Assad.
O índice Dow Jones caiu 65 pontos após a fala de Kerry. "O discurso apontou que os EUA estão pensando seriamente em agir contra a Síria", disse Andrew Brenner, analista da National Alliance. "As ações e os bônus estavam quietos, esperando o fechamento sem grandes movimentos, quando a ação começou."
Em meio a resultados corporativos razoáveis, sinais de problemas na recuperação econômica e a perspectiva de uma retirada de estímulos do Fed, a Síria parece mais uma razão para cautela nos mercados.
Mas Brenner ressaltou que o volume de negociação foi "um dos menores que já vimos para um dia de verão (no Hemisfério Norte)", o que acentua os movimentos dos índices.
A queda dos índices em Wall Street coincidiu com a notícia de que fontes afirmaram que o Tesouro dos EUA vai atingir seu limite de empréstimos em meados de outubro e não será mais capaz de pagar as contas após essa data. O cronograma pode aumentar a pressão sobre o Congresso para decidir sobre a elevação do teto da dívida nas próximas semanas.
As ações haviam recebido impulso mais cedo da queda bem maior do que a esperada nas encomendas de bens duráveis nos EUA em julho, o que ajudou a aliviar a preocupação dos mercados com a diminuição dos estímulos do Fed, prevista por muitos economistas para setembro. As encomendas de bens duráveis norte-americanas surpreenderam negativamente no mês passado, com uma forte queda de 7,3% ante junho, bem maior que o recuo de 4% previsto por analistas.
Também foi divulgado mais cedo o índice de atividade das empresas medido pelo Fed de Dallas, que subiu para 5,0 em agosto, de 4,4 em julho.
"Os dados divulgados hoje não são bons", disse Dan Veru, diretor de investimentos da Palisade Capital Management. "Se você ouvir com cuidado o que o Fed tem dito, você saberá que eles estão seguindo os dados, então talvez a redução de estímulos não seja anunciada em setembro. As Bolsas subiram, porque as pessoas estão pensando que talvez os estímulos permaneçam por mais tempo."
No noticiário corporativo, a Amgen liderou os ganhos do S&P 500, subindo 7,7% após ter alcançado um acordo para comprar a Onyx Pharmaceuticals por US$ 10,4 bilhões. As ações da Onyx avançaram 5,6%.
Por outro lado, lideraram as perdas do Dow Jones a Procter & Gamble (-1,84%) e a Microsoft (-1,73%).
Na Europa, as Bolsas fecharam majoritariamente em baixa neste pregão, influenciada pelo que ameaça se tornar uma nova crise política na Itália. Segundo reportagem do Financial Times, o partido de centro-direita do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi se fechou em defesa do líder, abrindo espaço para uma potencial ameaça à coalizão de governo liderada por Enrico Letta antes de uma importante reunião de gabinete marcada para quarta-feira, 28. Assim, a Bolsa de Milão liderou as perdas, com baixa de 2,10%, enquanto Frankfurt foi a exceção do dia após fechar em alta de 0,22%.
Nova York - As Bolsas de Nova York fecharam em queda nesta segunda-feira, 26, migrando para o terreno negativo nos últimos minutos da sessão após passarem o dia no azul. Os índices haviam recebido impulso do alívio das preocupações com a diminuição de estímulos do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) após um dado pior que o esperado dos Estados Unidos, mas reverteram a direção após o discurso do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, indicar que o país se prepara para atacar a Síria.
O índice Dow Jones caiu 64,05 pontos (0,43%) e encerrou aos 14.946,46 pontos. O S&P 500 recuou 6,72 pontos (0,40%), para 1.656,78 pontos. O Nasdaq perdeu 0,22 ponto (0,01%) e terminou aos 3.657,57 pontos.
Os investidores parecem estar mais nervosos com a situação na Síria. As Bolsas atingiram as mínimas pouco antes do fechamento, após comentários de Kerry, que disse que o uso de armas químicas pelo governo sírio contra civis é uma "obscenidade moral". O discurso foi interpretado como o indício mais claro até agora de que o governo do presidente Barack Obama está preparando um ataque ao regime do presidente da Síria, Bashar Assad.
O índice Dow Jones caiu 65 pontos após a fala de Kerry. "O discurso apontou que os EUA estão pensando seriamente em agir contra a Síria", disse Andrew Brenner, analista da National Alliance. "As ações e os bônus estavam quietos, esperando o fechamento sem grandes movimentos, quando a ação começou."
Em meio a resultados corporativos razoáveis, sinais de problemas na recuperação econômica e a perspectiva de uma retirada de estímulos do Fed, a Síria parece mais uma razão para cautela nos mercados.
Mas Brenner ressaltou que o volume de negociação foi "um dos menores que já vimos para um dia de verão (no Hemisfério Norte)", o que acentua os movimentos dos índices.
A queda dos índices em Wall Street coincidiu com a notícia de que fontes afirmaram que o Tesouro dos EUA vai atingir seu limite de empréstimos em meados de outubro e não será mais capaz de pagar as contas após essa data. O cronograma pode aumentar a pressão sobre o Congresso para decidir sobre a elevação do teto da dívida nas próximas semanas.
As ações haviam recebido impulso mais cedo da queda bem maior do que a esperada nas encomendas de bens duráveis nos EUA em julho, o que ajudou a aliviar a preocupação dos mercados com a diminuição dos estímulos do Fed, prevista por muitos economistas para setembro. As encomendas de bens duráveis norte-americanas surpreenderam negativamente no mês passado, com uma forte queda de 7,3% ante junho, bem maior que o recuo de 4% previsto por analistas.
Também foi divulgado mais cedo o índice de atividade das empresas medido pelo Fed de Dallas, que subiu para 5,0 em agosto, de 4,4 em julho.
"Os dados divulgados hoje não são bons", disse Dan Veru, diretor de investimentos da Palisade Capital Management. "Se você ouvir com cuidado o que o Fed tem dito, você saberá que eles estão seguindo os dados, então talvez a redução de estímulos não seja anunciada em setembro. As Bolsas subiram, porque as pessoas estão pensando que talvez os estímulos permaneçam por mais tempo."
No noticiário corporativo, a Amgen liderou os ganhos do S&P 500, subindo 7,7% após ter alcançado um acordo para comprar a Onyx Pharmaceuticals por US$ 10,4 bilhões. As ações da Onyx avançaram 5,6%.
Por outro lado, lideraram as perdas do Dow Jones a Procter & Gamble (-1,84%) e a Microsoft (-1,73%).
Na Europa, as Bolsas fecharam majoritariamente em baixa neste pregão, influenciada pelo que ameaça se tornar uma nova crise política na Itália. Segundo reportagem do Financial Times, o partido de centro-direita do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi se fechou em defesa do líder, abrindo espaço para uma potencial ameaça à coalizão de governo liderada por Enrico Letta antes de uma importante reunião de gabinete marcada para quarta-feira, 28. Assim, a Bolsa de Milão liderou as perdas, com baixa de 2,10%, enquanto Frankfurt foi a exceção do dia após fechar em alta de 0,22%.