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Bolsas de NY ensaiam recuperação e devem abrir em alta

A expectativa agora é pelos dados da confiança do consumidor


	Painel da Nasdaq na Time Square, Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Nasdaq avançava 0,27% e o S&P 500 tinha ganho de 0,10%
 (GettyImages)

Painel da Nasdaq na Time Square, Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Nasdaq avançava 0,27% e o S&P 500 tinha ganho de 0,10% (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 10h50.

Nova York - As bolsas dos Estados Unidos ensaiam uma recuperação e devem iniciar o último pregão da semana em alta, apontam os índices futuros. Depois do aumento menor que o esperado na construção de moradias em julho e da surpresa com o crescimento da produtividade da mão de obra, a expectativa agora é pelos dados da confiança do consumidor. Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro operava estável, o Nasdaq avançava 0,27% e o S&P 500 tinha ganho de 0,10%.

A sexta-feira tem uma agenda nos Estados Unidos mais tranquila que ontem. As bolsas em Wall Street tiveram na quinta-feira o pior dia em dois meses, com o Nasdaq, por exemplo, recuando 1,72%. Além dos resultados do Walmart e da Cisco terem decepcionado, indicadores divulgados ontem, como os pedidos de auxílio-desemprego e a inflação, sinalizaram que as chances de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) reduzir as compras de ativos no mês que vem são grandes.

Nesta sexta, o dia começou com os investidores mais dispostos a comprar ações. O anúncio de que as construções de moradias iniciadas em julho cresceram menos que o previsto esfriou um pouco os ânimos, mas os índices futuros ainda continuam em alta. O indicador registrou aumento de 5,9% em julho ante o mês anterior. Com isso, as construções atingiram o nível anualizado de 896 mil residências. A expectativa dos economistas era de que o crescimento ficasse em 8,9%, segundo pesquisa feita pela Dow Jones.

O número de hoje, mesmo vindo menor que o previsto, marcou uma recuperação depois da queda nas construções iniciadas divulgadas em junho. Ontem, o setor de construção surpreendeu os especialistas com o anúncio de que a confiança dos empresários do setor atingiu o nível mais alto desde novembro de 2005.


Para o economista do Deutsche Bank, Joseph LaVorgna, a elevação nos custos das hipotecas, provocada pela expectativa de mudanças na redução de compras de ativos do Fed, que elevou os juros dos títulos do Tesouro dos EUA, parece estar tendo impacto no setor menor do que se esperava. Tanto os construtores como os consumidores sinalizam não estarem neste momento muito preocupados com o aumento, avalia LaVorgna em um email a clientes.

Os economistas devem ter uma melhor visão da confiança do consumidor, com números de agosto, logo após a abertura do mercado, com o anúncio do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan. O indicador, que em julho ficou em 85,1, será divulgado às 10h55 de Brasília. Os economistas esperam pequena melhora neste mês e projetam o índice em 85,5, de acordo com consenso calculado pelo jornal Barron's. Um dos pontos que pode pesar negativamente nos números é o mercado de trabalho em julho, que criou menos vagas que o previsto e ainda mostrou queda nos salários, destacam os especialistas.

Outro indicador divulgado nesta manhã foi a produtividade da mão de obra, que cresceu 0,9% no segundo trimestre, de acordo com números preliminares do Departamento de Trabalho. A expectativa do mercado era de que crescesse 0,6%.

No noticiário corporativo, o destaque é o resultado da fabricante de computadores Dell, divulgado ontem após o fechamento do mercado. O lucro da empresa despencou 72% em seu segundo trimestre fiscal, resultado da venda fraca de computadores pessoais. As receitas cresceram 2%, para US$ 14,5 bilhões. No pré-mercado, o papel recuava 0,04%. No dia 12 de setembro, os acionistas da empresa devem votar a proposta de seu fundador, Michael Dell, para fechar o capital da companhia em uma operação de US$ 24,4 bilhões.

Já a fabricante de aviões Boeing divulgou um comunicado em que afirma que o mau funcionamento dos extintores de incêndio das aeronaves 787 Dreamliners é culpa do fabricante dos equipamentos. Na quarta-feira, um voo da japonesa All Nippon Airways (ANA) teve que voltar para o aeroporto após a tripulação receber uma indicação de alerta. No pré-mercado, o papel da empresa operava estável.

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