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Bolsas de NY devem abrir sem rumo

Incertezas na Europa e anúncio de indicadores nos EUA, como os pedidos de auxílio-desemprego, piores que o previsto, esfriam os ânimos dos investidores


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,03% e o Nasdaq ganhava 0,11%, mas o S&P 500 tinha baixa de 0,02%
 (Getty Images)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,03% e o Nasdaq ganhava 0,11%, mas o S&P 500 tinha baixa de 0,02% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2013 às 11h13.

Nova York - Os índices futuros das bolsas norte-americanas sinalizam uma abertura sem direção clara para o pregão desta quinta-feira, o último do mês e do primeiro trimestre.

Incertezas na Europa e anúncio de indicadores nos EUA, como os pedidos de auxílio-desemprego, piores que o previsto, esfriam os ânimos dos investidores. Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,03% e o Nasdaq ganhava 0,11%, mas o S&P 500 tinha baixa de 0,02%.

Na Europa, a expectativa hoje era para a reabertura dos bancos no Chipre, depois de quase duas semanas fechados. Nas imagens mostradas esta manhã nas redes de TV norte-americanas, filas se formavam nas portas dos bancos antes da abertura das agências, mas até agora a situação estava tranquila.

Já nos EUA, foi divulgada hoje a terceira e última leitura do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano referente ao quarto trimestre de 2012. O crescimento foi revisto de 0,1% da estimativa anunciada anteriormente para 0,4%, pouco abaixo do esperado por Wall Street, que previa 0,5%.

Ainda entre os indicadores, o Departamento de Trabalho divulgou hoje os pedidos de auxílio-desemprego da semana encerrada em 23 de março, que subiram e somaram 357 mil, número pior que o projetado pelos analistas, que estimavam 340 mil solicitações.


O economista do Bank of America Merrill Lynch, Joshua Dennerlein, acha que a tendência é que os pedidos de auxílio-desemprego subam ainda mais nas próximas semanas, principalmente por causa dos efeitos do corte automático de gastos públicos, que entraram em vigor no começo de março.

Ele estima que essa redução vai custar 400 mil vagas diretas de emprego nos EUA este ano e ainda outros 120 mil empregos indiretos, normalmente de fornecedores e prestadores de serviços a órgãos do governo que terão que ajustar orçamentos.

Essas demissões, destaca Dennerlein, devem se concentrar do final de março a junho. Com isso, a média semana dos pedidos de auxílio-desemprego deve subir para 373 mil nas próximas semana, destaca o executivo em um e-mail a clientes.

Pouco depois da abertura do pregão, às 10h45 (de Brasília), será divulgado o índice ISM de atividade de março de Chicago. O BoFA Merrill Lynch espera que o índice fique em 57,5, acima do número de fevereiro, que veio em 56,8.

Para o banco, as vendas de automóveis e o aumento das encomendas de bens duráveis são um indício de que o ISM de Chicago deve apresentar melhora, pois a região é intensiva em indústrias ligadas ao setor de veículos, destaca o Dennerlein.

No noticiário corporativo, a Blackberry divulgou esta manhã os números de seu quarto trimestre fiscal e surpreendeu o mercado ao apresentar lucro líquido de US$ 98 milhões.

A expectativa dos analistas de tecnologia era que a empresa tivesse prejuízo de US$ 0,26 por ação.

Outra surpresa foi a venda de um milhão de unidades de seu novo celular, o modelo Z10, que foi lançado nos EUA apenas na semana passada, mas já havia sido colocado à venda em outros mercados, como Reino Unido e Índia. No pré-mercado, mesmo com a surpresa dos números, o papel da empresa recuava 2,38%.


Já a eBay faz nesta quinta-feira sua primeira reunião com analistas desde 2011. Por isso, a expectativa é grande sobre o que os executivos da empresa devem comentar no encontro.

Os analistas também esperam que a companhia divulgue metas de lucros e receitas para os próximos anos. No pré-mercado, o papel da eBay operava praticamente estável, com uma pequena alta de 0,04%.

A ação da US Airways subia 1,68% no pré-mercado. Ontem, um juiz de uma corte de falência de Manhattan deu sinal verde para a American Airlines se fundir com a US Airways.

A AA pediu concordata em novembro de 2011. Os próximos passos são buscar aprovação do órgão de defesa da concorrência e dos acionistas da US Airways, em um negócio avaliado em US$ 11 bilhões e que vai criar a maior companhia aérea do mundo. A expectativa das duas empresas é que as aprovações sejam conseguidas até o outono nos EUA.

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