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Bolsas de Nova York fecha em níveis recordes

Índice Dow Jones ganhou 169,26 pontos (1,11%) e fechou no nível recorde de 15.460,92 pontos, enquanto o Nasdaq teve alta de 57,54 pontos (1,63%)


	Tratores da Caterpillar: empresa se destacou entre as blue chips com alta de 2,05%, junto com Procter & Gamble (+1,22%) e Walt Disney (+2,57%)
 (Scott Olson/Getty Images)

Tratores da Caterpillar: empresa se destacou entre as blue chips com alta de 2,05%, junto com Procter & Gamble (+1,22%) e Walt Disney (+2,57%) (Scott Olson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 18h13.

Nova York - As bolsas de Nova York fecharam em níveis recordes nesta quinta-feira, 11, após o presidente do Federal Reserve sugerir na quarta que a alteração na política monetária dos EUA não vai acontecer em breve, ao contrário do que temiam alguns investidores. Nem mesmo a divisão explícita no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) sobre o fim das compras de bônus impediu o bom humor dos mercados.

O índice Dow Jones ganhou 169,26 pontos (1,11%) e fechou no nível recorde de 15.460,92 pontos. O S&P 500 avançou 22,40 pontos (1,36%) e também encerrou a sessão em um patamar inédito, a 1.675,02 pontos. O Nasdaq teve alta de 57,54 pontos (1,63%) e fechou em 3.578,30 pontos, o maior nível desde setembro de 2000.

Durante uma conferência poucas horas depois da divulgação da ata da última reunião do Fed, Bernanke disse que a taxa dos fed funds deve continuar inalterada por algum tempo, mesmo após o desemprego cair para 6,5%, o "gatilho" estabelecido pelo próprio banco central para a política monetária. Segundo ele, "a política monetária continuará altamente acomodatícia no futuro previsível". A ata da reunião mostrou que os membros do banco estavam profundamente divididos sobre quando começar a retirar o programa de compra de bônus.

"O mercado não está mais preocupado que o Fed vá retirar os estímulos. O que nós esperávamos do Fed ainda está intacto no futuro previsível", comenta Craig Gentry, estrategista-chefe de investimento da Destination Wealth Management. "Embora o Fed vá tirar o pé do acelerador, eles vão fazer isso gradualmente. Eles não podem permitir que as taxas de juros subam muito, ou isso terá um impacto negativo na economia, especialmente em setores como o mercado imobiliário", acrescenta Natalie Trunow, diretora de investimento em ações da Calvert Investments.

Na agenda de indicadores hoje, o Tesouro divulgou que o governo dos EUA continua a caminho de registrar seu menor déficit orçamentário em cinco anos, com impostos mais altos e a melhora da economia impulsionando a receita. No mês de junho, o governo registrou superávit de US$ 116,5 bilhões, ante um déficit de US$ 59,74 bilhões no mesmo mês do ano passado. Economistas previam superávit de US$ 40 bilhões no mês. O resultado foi o melhor já registrado para um mês de junho e o primeiro superávit para este mês em cinco anos.

Os pedidos semanais de auxílio-desemprego subiram para 360 mil na semana até 6 de julho, acima das previsões dos analistas, de 335 mil solicitações. Já o índice de preço das importações caiu 0,2% em junho ante maio, quando a expectativa era de estabilidade.

Embora os receios com o Fed tenham diminuído hoje, os investidores voltaram sua atenção para outro fator: a temporada de balanços corporativos. Amanhã Wells Fargo e JPMorgan divulgam seus resultados do segundo trimestre, antes da abertura das bolsas.

No noticiário corporativo, a Yum! Brands perdeu 1,15%, depois de reportar um lucro ajustado para o segundo trimestre menor do que no mesmo período do ano passado. A Microsoft ganhou 2,84%, após anunciar uma reestruturação das suas operações. A Advanced Micro Devices (AMD) teve alta de 11,81%, após ter sua recomendação elevada pelo Bank of America.

Entre as blue chips, os destaques de alta foram Caterpillar (+2,05%), Procter & Gamble (+1,22%) e Walt Disney (+2,57%). Um dos únicos papéis a fechar no negativo foi justamente o Wells Fargo, que perdeu 0,43%. Fonte: Dow Jones Newswires.

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