Mercados

Bolsas da Europa têm maior patamar em 7 anos

O índice Stoxx 600 encerrou em alta de 0,89%, aos 380,37 pontos - o maior patamar em sete anos


	Bolsa de Milão: ela liderou ganhos na região e fechou em alta de 1,85%, na máxima do dia
 (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

Bolsa de Milão: ela liderou ganhos na região e fechou em alta de 1,85%, na máxima do dia (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 15h35.

São Paulo - As bolsas europeias encerram o pregão majoritariamente em alta, com os investidores apostando que o eventual acordo entre a Grécia e os seus credores internacionais irá garantir a sobrevivência da zona do euro.

O índice Stoxx 600 encerrou em alta de 0,89%, aos 380,37 pontos - o maior patamar em sete anos.

Desde ontem, o noticiário originário de Atenas apontava para uma nova rodada de negociações, o que deu impulso às bolsas desde a abertura.

Por volta da metade do pregão desta quarta-feira, 18, o porta-voz do governo grego, Gabriel Sakellarides, confirmou que o país irá enviar amanhã uma proposta para extensão do programa de ajuda financeira.

Segundo autoridades gregas, o governo de Alexis Tsipras, que tomou posse no mês passado, ainda está elaborando os detalhes do acordo, que deverá solicitar uma extensão de quatro a seis meses do programa atual.

Diante da possibilidade de um acordo definitivo, o índice Atex, da Bolsa de Atenas, encerrou em alta de 1,06%, aos 847,53 pontos.

Os papéis do National Bank of Greece subiram 6,8%, do Piraeus Bank avançaram 4,9% e do Eurobank Ergasias ganharam 6,1%.

Apesar do tom positivo das negociações, analistas pregam cautela em relação à Grécia.

"Ainda estamos longe de um acordo e o risco de saída da Grécia da zona do euro permanece elevado, em algo como 35%", escreveu o economista-sênior do Berenberg, Christian Schulz, em nota enviada a clientes.

A Bolsa de Milão liderou os ganhos na região e fechou em alta de 1,85%, aos 21.659,33 pontos, na máxima do dia.

Analistas disseram que os investidores italianos enxergaram que a solução da crise da Grécia evitaria o contágio nos demais mercados europeus.

Mais uma vez os bancos foram destaques entre as maiores altas: ações do Monte dei Paschi avançaram 4,83%, do Intesa Sanpaolo subiram 1,69% e do Popolare di Milano ganharam 4,71%.

O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, subiu 0,95%, fechando em 4.799,03 pontos.

Os papéis do Crédit Agricole lideraram os ganhos entre os bancos franceses, com alta de 7,60%, após a divulgação de um aumento de 13% no lucro líquido no quarto trimestre de 2014.

Em Frankfurt, o índice DAX encerrou em alta de 0,60%, aos 10.691,00 pontos. Além das ações do setor bancário, a K+S subiu 3,30% após a consultoria Kepler Cheuvreux aumentar o preço-alvo dos seus papéis.

Em Lisboa, o índice PSI-20 subiu 1,30%, fechando em 5.486,30 pontos. Em Madri, o índice IBEX-35 avançou 1,00%, encerrando em 10.805,30 pontos.

Na contramão das principais bolsas do continente, a Bolsa de Londres fechou estável, em 6.898,08 pontos. O mercado inglês até ensaiou durante o pregão bater a máxima histórica, de 6.930 pontos, mas a alta não se manteve.

Os investidores enxergaram que a ata da última reunião do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) sinaliza uma menor inclinação aos estímulos a economia. O setor imobiliário também sofreu no pregão de hoje.

Após o rebaixamento pelo Barclays, os papéis da Intu Properties cederam 3,27%. O banco também advertiu sobre as perspectivas do setor imobiliário britânico, o que provocou a queda das ações da Hammerson (-2,63%) e da British Land (-2,23%).

Com informações da Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:CACDAXFTSEIndicadores econômicosMercado financeiro

Mais de Mercados

BTG vê "ventos favoráveis" e volta recomendar compra da Klabin; ações sobem

Ibovespa opera em queda e dólar bate R$ 5,81 após cancelamento de reunião sobre pacote fiscal

Donald Trump Jr. aposta na economia conservadora com novo fundo de investimento

Unilever desiste de vender divisão de sorvetes para fundos e aposta em spin-off