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Bolsas da Europa fecham com perdas de mais de 1% com receio sobre juros; Ocado derrete

Em Frankfurt, o DAX caiu 1,30%, aos 18.163,94 pontos

Bolsa de Valores de Londres, no Reino Unido (Bloomberg/Getty Images)

Bolsa de Valores de Londres, no Reino Unido (Bloomberg/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 5 de abril de 2024 às 14h47.

Última atualização em 5 de abril de 2024 às 14h55.

As bolsas da Europa fecharam em queda superior a 1% e com perdas generalizadas nesta sexta-feira, 5, após piorarem o desempenho negativo visto desde cedo com dados acima do esperado do mercado de trabalho (payroll) nos Estados Unidos ampliarem a possibilidade de manutenção dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) por um período mais prolongado do que o esperado.

O rumo descolou dos ganhos em Wall Street e veio após uma semana de desempenhos irregulares para os principais mercados europeus na sequência do ímpeto positivo visto em março. Em Londres, as ações da Ocado derreteram quase 9%, prolongando a queda da véspera em meio ao anúncio da saída do presidente da companhia.

Em Frankfurt, o DAX caiu 1,30%, aos 18.163,94 pontos, com o índice referencial alemão se distanciando do recorde de fechamento de 18.504,51 pontos, marcado no último pregão de março. O FTSE 100, referencial da bolsa de Londres, caiu 0,81%, para 7.911,16 pontos. O CAC-40, de Paris, teve variação negativa de 1,11%, aos 8.061,31 pontos. As cotações são preliminares.

A possibilidade de manutenção dos juros até junho pelo Fed, inclusive no mês citado, avançava de 35,0% logo antes do dado a 46,6% perto das 12h27. A economia dos Estados Unidos criou 303 mil empregos em março, bem acima do teto das expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de 150 mil a 245 mil postos de trabalho, com mediana de 200 mil. O salário médio por hora teve alta de 0,35% em relação a fevereiro um pouco acima da projeção do mercado, de 0,30%.

Entre os dados da zona do euro, as vendas no varejo tiveram recuo mensal de 0,5% em fevereiro, um pouco mais acentuado do que se previa. Apenas na Alemanha, a maior economia do continente europeu, as encomendas à indústria mostraram leve avanço de 0,2% no mesmo período, menor do que o esperado.

As ações da Ocado cederam 8,99% e responderam pela maior queda do FTSE-100, ampliando a perda no acumulado do ano para cerca de 49%, após a rede de supermercado online informar, na quinta-feira, que seu presidente, Rick Haythornthwaite, deixará o cargo devido aos seus compromissos crescentes como presidente do Grupo NatWest.

Em Milão, o FTSE Mib cedeu 1,29%, aos 34.010,88 pontos, com a Snam SpA, uma empresa italiana de infraestrutura energética, como ativo mais pressionado, com queda de 3,95%, seguida pela Italgas (-3,66%). Entre as quatro ações que resistiram em alta, o melhor desempenho percentual foi da Ferrari, que subiu 1,27%.

Outras holdings ligadas ao mercado de luxo, a Pernod Ricard recuou 2,20% e a LVMH cedeu 2,20% em Paris.

Na bolsa de Lisboa, o PSI 20 recuou 1,44%, aos 6.219,01 pontos. O Ibex-35, de Madri, teve baixa de 1,61%, aos 10.911,80 pontos, com forte baixa das ações da Acciona (-4,68%) e Acciona( -4 02%).

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