Xangai - As duas principais bolsas de valores da China, Xangai e Shenzhen, suspenderam no meio-pregão desta quarta-feira as negociações de mais da metade de seus títulos, o que não impediu que índices continuassem despencando.
O índice geral da Bolsa de Xangai, de referência na China, perdia 3,88% após registrar queda de 1,29% ontem.
Porém, nos primeiros minutos do dia, chegou a cair 8%. A situação chegou a ser tão crítica que as cotações de apenas três empresas estavam em alta, enquanto mais de 1.300 das cerca de 2.800 empresas com ações nas bolsas chinesas já tinham suspendido os negócios ao atingir as perdas máximas diárias de 10%.
Pouco antes do meio-dia já eram 1.429 empresas (51% do total em ambas as bolsas) que tinham a venda de suas ações interrompida. Mesmo assim, o índice geral segue despencando.
Já a Bolsa de Shenzhen também abriu na manhã de hoje em baixa de 4,44% e chegou ao meio-pregão com queda de 3,30%.
Pouco depois da abertura dos mercados, o Banco Popular da China anunciou uma série de medidas adicionais para dotar de maior liquidez a Corporação de Financiamento da Bolsa de Valores (CSF, na sigla em inglês), uma entidade de crédito marginal para tentar fornecer mais estabilidade.
Além disso, a Comissão Reguladora da Bolsa de Valores da China (CRMV) reconheceu através de seu porta-voz, Deng Ge, que há "pânico" no mercado e uma tendência de "vendas não razoáveis" que o órgão de regulação está tentando compensar.
A CRMV anunciou que a CSF aumentará também suas compras de ações de pequenas empresas, que estão especialmente na Bolsa de Shenzhen, e que foram mais prejudicadas nos últimos dias.
A China já tinha proposto no fim de semana medidas para estabilizar o mercado. Após acumular queda de 29% nas últimas três semanas, o índice geral de Xangai subiu 2,41% na segunda-feira. A alta, porém, se reverteu ontem, tendência que parece que irá se estender até a sexta-feira, prolongando a crise.
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1. ... e 3 em que desbancamos o gigante asiático
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1/13 (Ueslei Marcelino/Reuters)
São Paulo – Para alguns analistas, os
35 acordos assinados pela presidente
Dilma Rousseff e o premiê da
China nesta semana foram um suspiro em meio ao turbilhão de más notícias que têm chacoalhado o Planalto desde que a petista subiu a rampa pela segunda vez no início do ano.
Se todas as promessas saírem do papel de fato, doze setores do mercado nacional podem entrar na mira dos dólares chineses – um sopro de alívio de mais de 50 bilhões de dólares para uma economia cambaleante.
Por outro lado, a “disponibilidade” do governo chinês para investir no Brasil aponta para o fato de que o país
está se tornando mais fonte de investimento do que destino.
O desempenho de Brasil e China em uma série de
rankings globais mostram as diferenças entre as duas nações e dão pistas dos papeis de ambos na relação.
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2. Poder econômico
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2/13 (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)
Com um Produto Interno Bruto (PIB) de
10,3 trilhões de dólares, a China é a segunda maior economia do mundo.
Já o Brasil ...
Atualmente, o Brasil ocupa a 7ª posição na lista, mas corre o risco de perder o posto, segundo analistas.
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3. Nível de competitividade global
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3/13 (REUTERS/Kim Kyung-Hoon)
A China ficou em 28º em um
ranking do Fórum Econômico Mundial que mede o quanto 144 economias são capazes de competir e prosperar no mercado global. A nota geral da China foi 4,9.
Já o Brasil ...
Ficou em 57º com nota 4,3.
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4. Excelência no Ensino Superior
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4/13 (Wikimedia Commons)
Em ranking da
QS das melhores universidades dos países dos BRIC, a China é representada por 40 instituições de ensino entre as 100 mais bem posicionadas na lista. A primeira instituição da lista é a chinesa Thisingua University.
Já o Brasil ...
Entre as 100 primeiras, o Brasil tem apenas 19 representantes. A Universidade de São Paulo, a instituição brasileira melhor posicionada na lista, está em 7º.
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5. Desenvolvimento de capital humano
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5/13 (PETER PARKS/AFP/Getty Images)
No ranking de desenvolvimento de capital humano do Fórum Econômico Mundial este ano, a China ficou na 64ª posição entre 144 países.
Já o Brasil ...
Ficou em 78º com uma nota de 64,60 no ranking que mede o quanto os países investem em políticas públicas que potencializam as habilidades produtivas de sua população.
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6. Melhores aeroportos
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6/13 (Getty Images)
O Aeroporto Internacional de Pequim foi considerado o 10º melhor do mundo, segundo a consultoria
Skytrax que anualmente premia os aeroportos que deixam os passageiros mais satisfeitos. Dos 100 melhores, nove estão na China.
Já o Brasil ...
Nenhum aeroporto brasileiro apareceu na lista dos 100 melhores do mundo.
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7. Malha ferroviária
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7/13 (Getty Images)
Segundo dados do
Banco Mundial, a China tinha, em 2012, a terceira maior malha ferroviária do mundo com mais de 66,2 mil quilômetros de trilhos com potencial de crescimento.
Já o Brasil ...
O Brasil figura na oitava posição com 29,8 mil quilômetros de trilhos. .
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8. Potencial militar
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8/13 (Feng Li/ Getty Images)
A China é a terceira maior potência militar do mundo, segundo ranking da
Global Firepower. Segundo outro estudo, o país investe 216 bilhões de dólares na Defesa por ano - ou o equivalente a 2% do seu PIB.
Já o Brasil ... Aparece em 22º e investiu 31,7 bilhões de dólares para a Defesa no ano passado - ou 1.4% do PIB.
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9. Preparo para o futuro
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9/13 (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)
A China é o 62º mais pronto para o futuro tecnológico, segundo ranking do Fórum Econômico Mundial Já o Brasil... Está na posição 84 no mesmo ranking - 15 degraus abaixo do registrado no ano passado.
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10. Qualidade de vida
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10/13 (Wikimedia Commons/kenji munekata)
O Brasil é o 79º país com melhor índice de desenvolvimento humano, segundo a ONU. Em 2013, o país alcançou um IDH de 0,744 – considerado alto.
Já a China ...
Ficou na posição 91 no ranking dos países com melhor IDH. A taxa de bem estar da China foi de 0,719 – também considerada alta.
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11. Igualdade entre homens e mulheres
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11/13 (Denis Ribeiro/Abril)
Na lista de países em que a lacuna de
oportunidades para homens e mulheres é menor, o Brasil ficou em 71º com destaque para o desempenho acadêmico das brasileiras, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial.
Já a China ...
Ficou em 87º na lista. O país está entre as 50 nações em que as mulheres têm menos chances de chegar a um posto de chefia. Já o Brasil é o 36º com mais igualdade entre gêneros neste quesito.
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12. Número de médicos
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12/13 (Alina Souza/Especial Palácio Piratini)
Existem 19 médicos e 76 enfermeiros para cada 10 mil habitantes no Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde divulgados na semana passada.
Já na China ...
São 15 médicos e 16 enfermeiros para cada 10 mil habitantes.
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13. Conheça agora
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13/13 (Kaique.rdc/Wikipedia/CreativeCommons)